Migrantes vão ao Catar, país da Ásia que é considerado o mais rico do mundo em relação ao PIB per capita, em busca de uma vida melhor. No entanto, com os altos índices de calor que atingem o Golfo Pérsico, muitos acabam morrendo de isolação.
Ao menos 571 trabalhadores nepaleses morreram no Catar, vítimas de parada cardíaca nos últimos oito anos. No entanto, mais de 200 desses casos provavelmente se devem à insolação, segundo um estudo recente.
Essas mortes talvez fossem prevenidas se esses trabalhadores não tivessem que trabalhar sob altas temperaturas, que chegam a 50°C.
O país proíbe trabalhos do tipo no verão ou quando o calor supera 32,1°C, mas uma investigação da BBC aponta que parte das mortes por insolação não são notificadas.
Dhan Bahadur morreu oficialmente de parada cardíaca, mas tinha apenas 31 anos e sua mulher diz que ele sofria constantemente com os efeitos do calor. Outro trabalhador diz que foi detido no Catar depois de se queixar das condições de trabalho.
Países do Golfo Pérsico, incluindo os Emirados Árabes Unidos, estão esquentando duas vezes mais que a média global.
Ao mesmo tempo, há mais de 14 milhões de trabalhadores migrantes no Golfo, que usam o dinheiro para enviar a suas famílias, a maior parte delas na Ásia e na África.
Confira mais detalhes no vídeo da BBC:
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