Cerca 88% dos sul-coreanos acreditam que o país não oferece condições adequadas para criar filhos

Uma pesquisa recente realizada pela Global Research com 1.000 adultos sul-coreanos, de 19 a 44 anos, revelou preocupações crescentes em relação à falta de apoio social para criar filhos no país. Segundo o levantamento, 64,7% dos entrevistados acreditam que a sociedade sul-coreana oferece pouca assistência para quem decide ter filhos, enquanto 35,3% afirmaram que existe suporte adequado.

Outro dado relevante da pesquisa mostra que 87,6% dos participantes concordam que a Coreia do Sul não é um ambiente propício para a criação de crianças. Entre as mulheres, esse número é ainda mais expressivo, chegando a 91%. Esses índices refletem a insatisfação com a estrutura social disponível para famílias, evidenciando uma percepção negativa quanto à criação de filhos no país.

Além disso, a pesquisa aponta que 72,7% dos entrevistados se sentem pessimistas em relação ao futuro da sociedade sul-coreana, destacando uma falta de confiança no ambiente social e nas políticas de apoio familiar. Apenas 27,3% expressaram algum nível de confiança no país, enquanto o restante acredita que a sociedade oferece pouca estabilidade.

Insegurança financeira

Em termos de investimentos governamentais, a Coreia do Sul apresenta gastos públicos com famílias de apenas 1,56% do PIB, consideravelmente abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 2,31%. Esses números revelam um nível insuficiente de apoio às famílias, o que contribui para a hesitação de muitos em ter filhos.

Por fim, a pesquisa revela que 83,7% dos entrevistados acreditam que os pais coreanos devem criar os filhos até que eles se estabilizem no mercado de trabalho, o que amplia o peso financeiro sobre as famílias. Essa sobrecarga, combinada com a percepção de um suporte social inadequado, tem impactado diretamente as decisões sobre formar ou expandir famílias na Coreia do Sul.

Fonte: Hankyoreh/Foto:Freepik

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