Cidade de Baguio nas Filipinas designa ‘zonas de árvores’ para espalhar cobertura verde

Mais de 900 hectares de terra na cidade foram marcados como zonas de árvores e exigirão proteção do conselho municipal para preservar e reconstruir a cobertura verde restante da cidade, segundo a unidade de pesquisa legislativa do conselho municipal da cidade filipina Baguio.

Além disso foi listado 14 bacias hidrográficas protegidas que abrangem 77 ha (hectares) e 61 ha de parques e praças de árvores.

A equipe de pesquisa listou também lotes ociosos de aldeias, terrenos escolares e propriedades não adequadas para assentamentos como áreas adequadas para o programa de reflorestamento.

Anteriormente, o conselho municipal já apoiou um plano de gestão florestal de 21 anos (2022-2043) que fará crescer novos pinheiros.

A cidade tem 2,5 milhões de árvores. O número é insuficiente para a atual população de Baguio de 370 mil pessoas, de acordo com um inventário de 2019 encomendado pelo secretário do Meio Ambiente, Roy Cimatu. Apenas 500.000 dessas árvores são pinheiros Benguet.

 

Em seguida, relatório da equipe de pesquisa apresentado ao vice-prefeito Faustino Olowan, em 30 de março, indicou que 18 ha de parques privados, 2 ha de áreas abertas em campi locais, 15 ha de terras de Barangay e 42 ha de terras em reservas do governo poderiam acomodar novas florestas.

Os inventários de uso da terra foram fornecidos pelo oficial de meio ambiente da cidade Rhenan Diwas e pela coordenadora de planejamento e desenvolvimento da cidade Donna Tabangin.

Espaços seguros

No final do ano passado, o conselho também discutiu medidas para comprar terras privadas. Assim, os lotes seriam reclassificadas em parques florestais ou fornecer incentivos fiscais para proprietários de terras que mantêm grandes grupos de árvores em suas propriedades.

Assim, a recompra de pequenas florestas ajudará a proteger os “espaços seguros” restantes de Baguio e evitará a decadência urbana da cidade.

De acordo com o estudo da capacidade de carga dos recursos de Baguio, realizado pelo grupo de consultoria de dados Certeza Infosystems, mostrou que a cobertura florestal urbana ideal da cidade deveria ser de 30% a 40% de sua área terrestre. No entanto, sua cobertura florestal atual representa apenas 23% do território.

Aumentar a cobertura de árvores da cidade também resolveria o aquecimento da cidade, de acordo com Diwas.

Em 2016, um índice de calor de 29ºC medido em abril tornou-se o dia mais quente registrado em Baguio, a cidade mais fria do país.

Áreas densas mais quentes

Diwas, em uma reunião anterior de gestores da cidade, disse que as áreas que se tornaram densas com edifícios

“tornaram-se mais quentes em comparação com as áreas rurais circundantes, quando na verdade estamos em uma altitude mais elevada”.

Para trazer de volta o frio pelo qual Baguio é conhecido, o programa de manejo florestal vai instalar parques florestais em áreas estratégicas onde o índice de calor é alto, disse ele.

Diwas disse que as árvores ornamentais seriam cultivadas em parques e pequenos lotes designados como “espaços verdes” ao redor dos edifícios.

“Poços para árvores de águas pluviais” ou árvores que ocupariam as ruas de pequenas cidades também seriam desenvolvidos ”, disse ele.

Por causa do “efeito de ilha de calor urbana”, os pontos quentes de Baguio foram detectados pela primeira vez em 1998, disse Diwas. Ele teve como base um estudo de índice de calor conduzido pela Universidade da Cordilheira. De acordo com o mesmo estudo, os pontos quentes já permearam toda a Baguio em 2019.

O conselho também está deliberando sobre uma proposta para impor uma moratória de cinco anos a todas as atividades de corte de árvores.

 

Fonte: (1) – VINCENT CABREZA / Foto: RICHARD BALONGLONG