Em 3 de abril, um ex-idol de um grupo masculino foi levado a julgamento sob a acusação de assédio sexual e estupro contra outro membro do grupo. As acusações não se limitam apenas ao período em que o acusado era um trainee, mas continuaram após sua estreia.
Na audiência realizada no dia 29 de março, a promotoria exigiu uma sentença de prisão de três anos para o ex-idol, identificado apenas como A, bem como uma ordem para revelar sua identidade. Além disso, ele deverá completar um programa de tratamento para violência sexual e não poderá trabalhar como idol por cinco anos.
A é suspeito de tocar o corpo da vítima B, outro membro do seu grupo, pelo menos três vezes de 2017 a 2021. A admitiu a maioria das acusações e expressou sua intenção de refletir sobre elas, mas disse: “Não me lembro de algumas das acusações, porque na época eu estava bêbado.”
A vítima B reportou o caso à Delegacia de Polícia de Gangnam, em Seul, em 2021, e o Ministério Público do Distrito Central de Seul acusou A de assédio forçado e estupro em janeiro.
Após a denúncia, A deixou a equipe por motivos pessoais e abandonou as atividades do grupo. Um funcionário da agência disse: “Estamos verificando os fatos e revelaremos nossa posição mais tarde”. A agência do grupo está verificando os fatos e ainda não divulgou sua posição.
Trainees passam muito tempo em espaços limitados, como dormitórios e salas de prática, desde muito jovens, tornando-os vulneráveis à violência, violência sexual e crimes causados pelo poder dentro de suas agências e grupos. Especialistas apontam que as agências estão em um ponto cego legal, já que não são instituições de emprego ou educacionais e não têm a obrigação de prevenir crimes sexuais ou proteger seus trainees e idols, mesmo que ocorra um crime.
Os advogados Huh Joong-hyuk e Kim Jung-kyu afirmam que as agências não são obrigadas a proteger os trainees e idols menores de idade e não podem ser consideradas instituições educacionais ou instalações de proteção. Além disso, considerando a reputação e o status do contrato no setor, é difícil para a vítima se apresentar diretamente.
Kang Jin-seok, consultor da Korea Entertainment Management Association, afirma que muitas agências não gerenciam e educam sistematicamente seus trainees devido à falta de mão-de-obra e recursos financeiros. O Ministério da Cultura, Esportes e Turismo realiza a “Pesquisa da Indústria Popular da Cultura e das Artes” a cada dois anos desde 2015, mas só incluiu uma investigação sobre “crimes sexuais e violência pela força na indústria” na quarta pesquisa em 2021.
A situação expõe uma falha no sistema de desenvolvimento do K-idol, no qual membros convivem juntos desde a adolescência, porém não recebem proteção adequada fora das práticas. O processo contra um idol por assédio sexual dentro do grupo levanta questões sobre a proteção e prevenção de crimes sexuais na indústria do entretenimento.
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