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Primeiro-ministro japonês Fumio Kishida considera convocar eleição antecipada após cúpula do G7

Em 22 de maio, fontes próximas ao governo japonês revelaram que o primeiro-ministro Fumio Kishida está cada vez mais inclinado a convocar uma eleição antecipada, possivelmente dentro de semanas, aproveitando o apoio doméstico em ascensão após a recente cúpula do G7, que contou com uma visita surpresa do presidente da Ucrânia.

Embora o Japão não esteja programado para realizar uma eleição para a poderosa Câmara Baixa do parlamento até 2025, Kishida tem o objetivo de fortalecer sua posição dentro do Partido Liberal Democrático (LDP), atualmente no poder, antes de uma disputa pela liderança que ocorrerá no próximo outono. Sua intenção é garantir sua reeleição e manter-se como primeiro-ministro.

Os resultados favoráveis da cúpula do G7, realizada essa semana, impulsionaram significativamente os índices de apoio a Kishida, com uma alta de 9 pontos percentuais em várias pesquisas. Especialistas acreditam que o primeiro-ministro deseja aproveitar esse momento positivo e fortalecer sua imagem como líder global.

Embora Kishida tenha declarado no domingo passado que não estava considerando dissolver o parlamento no momento, analistas políticos acreditam que as circunstâncias favoráveis podem levá-lo a tomar essa decisão.

Uma eleição antecipada permitiria que Kishida se beneficiasse do aumento em suas taxas de aprovação, que se elevaram desde o início da cúpula do G7. Além disso, reforçaria a percepção de que ele é um líder global respeitado.

Kishida assumiu o cargo de primeiro-ministro em outubro de 2021, mas sua popularidade sofreu uma queda no ano passado, com taxas de aprovação chegando a menos de 30% em algumas pesquisas. No entanto, as relações diplomáticas mais amigáveis com a Coreia do Sul e uma visita à Ucrânia em março contribuíram para uma recuperação gradual de sua imagem pública.

A realização da cúpula do G7 em Hiroshima, cidade que foi vítima de um bombardeio atômico durante a Segunda Guerra Mundial, também gerou simpatia em relação à Ucrânia e seu sofrimento. A aparição inesperada do presidente Volodymyr Zelenskiy e as imagens de ambos os líderes depositando flores em um monumento às vítimas das bombas atômicas proporcionaram um impulso adicional à imagem de Kishida.

No entanto, convocar uma eleição antecipada também apresenta riscos significativos. Pode ser muito cedo para garantir a Kishida a presidência do LDP, mesmo se o partido obtiver um bom desempenho. Analistas alertam para uma possível ameaça decorrente do aumento dos preços no país.

Embora o LDP tenha conquistado vitórias em eleições recentes, incluindo algumas eleições suplementares em abril, essas vitórias não foram tão expressivas quanto o partido esperava. Portanto, Kishida enfrenta o desafio de manter sua popularidade e apoio em alta no longo prazo.

O anúncio oficial de uma eleição antecipada ainda não foi feito, e espera-se que Kishida aguarde a divulgação de propostas governamentais para combater a queda na taxa de natalidade e a aprovação de medidas para aumentar os gastos com defesa. A atual sessão parlamentar encerrará em 21 de junho.

 

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Fonte: (1)
Daniele Almeida

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