O mês de setembro teve diversos comebacks e conteúdos relacionados à música coreana, mas também por relatos alarmantes sobre o assédio que artistas enfrentam de stalkers ou sasaengs, como são popularmente chamados e que significa a invasão de privacidade. Histórias de pessoas invadindo casas, ligações, perseguições são infinitas e servem de alerta para um tema que fica esquecido na indústria do entretenimento.
Lee Jun-ho, membro do 2PM, compartilhou recentemente sua experiência durante uma aparição no canal de YouTube “Salon de Drip”, apresentado por Jang Doyeon. Ele descreveu um dos incidentes: “A campainha tocou às 3 da manhã, então atendi pelo interfone. Fiquei assustado, mas precisava saber quem era. Quando perguntei, a pessoa me deu um nome aleatório.”
Ele também recordou outro momento perturbador. “Um dia, cheguei em casa e, antes mesmo da luz do sensor acender, alguém me chamou de ‘oppa’. Fiquei realmente chocado. Mantive a calma e perguntei quem era, e a pessoa respondeu: ‘Sou eu’.” Era uma mulher de outro país que foi até sua casa, alegando que fez o que dizia na música “My House”.
Assim como ele, Baekhyun do EXO, falou sobre o assédio contínuo que enfrentou ao longo de sua carreira de 13 anos. Durante uma conversa no programa “K-Star Next Door”, ele revelou como os stalkers interromperam sua vida, levando-o a mudar-se várias vezes. “O telefone não parava de tocar, e isso me deixou tão sensível que parecia que estava perdendo a cabeça”, relatou.
Ele ainda compartilhou que mudou para um local que achava seguro, mas logo descobriu que também estava sendo invadido. “Um dia, flagrei alguém suspeito, perguntei como tinha entrado e percebi que era um grupo de mulheres. Os sasaengs, estavam ‘se reunindo ao estilo Vingadores’ entre os carros no estacionamento subterrâneo”, lembrou.
A situação não se aplica apenas ao K-pop. Na quinta-feira (26), a polícia de Seul informou que investiga uma mulher na casa dos 30 anos por supostamente perseguir o rapper Beenzino. Segundo a polícia, a suspeita visitou repetidamente a casa do artista, levando-o a registrar uma queixa. O caso é ainda mais preocupante, pois a esposa de Beenzino está grávida. A stalker também teria feito várias visitas ao escritório da marca de roupas IAB Studio, da qual ele é co-proprietário.
Esses relatos de veteranos são importantes para trazer à tona uma discussão sobre os stalkers. Apesar de as empresas emitirem comunicados prometendo medidas legais, poucas vezes isso se traduz em investigações criminais. Isso expõe muitos artistas, especialmente os mais novos na indústria, a situações perigosas, como se fosse algo natural. Eles se sentem obrigados a lidar com isso, já que a maioria das pessoas com acesso frequente às informações sobre os artistas geralmente tem um alto poder aquisitivo, o que torna a responsabilização mais difícil.
Fonte (1)/Foto: divulgação
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