Apesar do sucesso de “Rainha das Lágrimas”, o Studio Dragon enfrenta uma grave crise financeira. O drama, estrelado por Kim Soo-hyun e Kim Ji-won, acumulou 682,6 milhões de horas assistidas e 29,2 milhões de visualizações no primeiro semestre de 2024. Ele se tornou a 14ª série mais assistida globalmente na Netflix. No entanto, os altos custos de produção estão impactando diretamente os resultados da empresa.
A previsão indica uma queda de 47,7% na receita do Studio Dragon para o terceiro trimestre de 2024. A empresa deve registrar cerca de 1,14 trilhão de won (R$ 4,74 bilhões). Já o lucro operacional pode cair 91,1%, alcançando apenas 19 bilhões de won (R$ 79 milhões). Esses números estão bem abaixo das expectativas do mercado.
O principal fator por trás dessa crise é o custo elevado de “Rainha das Lágrimas”. A produção do drama custou aproximadamente 560 bilhões de won (R$ 2,33 bilhões). Grande parte desse valor foi destinado aos salários dos atores principais, que ganharam entre 3 bilhões e 4 bilhões de won (R$ 12,5 milhões a R$ 16,6 milhões) por episódio. Mesmo com o sucesso de audiência, o Studio Dragon luta para equilibrar os custos e obter lucro.
Além disso, o aumento dos custos de produção de K-dramas afeta a rentabilidade de outros projetos. No passado, o custo por episódio variava entre 3 bilhões e 4 bilhões de won (R$ 12,5 milhões a R$ 16,6 milhões). Atualmente, esse valor ultrapassa os 20 bilhões de won (R$ 83,2 milhões), mesmo em produções sem grandes estrelas no elenco.
Com a falta de outros grandes sucessos e a redução no número de produções, o futuro financeiro do Studio Dragon preocupa investidores. O valor de mercado da empresa, que já foi de 2 trilhões de won, caiu para cerca de 1 trilhão de won (R$ 4,16 bilhões).
Corretoras reduziram a meta de preço das ações da empresa para a faixa de 50 mil won (R$ 208). Isso reflete a incerteza sobre a capacidade da Studio Dragon superar a crise financeira e equilibrar seus lançamentos de grande orçamento com a necessidade de lucros consistentes.
Fonte: Herald Economy/Foto: Netflix
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