Logo da OMS que tem sede em Genebra na Suiça | Foto: Denis Balibouse via REUTERS
Em 22 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) negou um convite à Taiwan para a Assembleia Anual, apesar dos crescentes apelos pela participação da ilha. Durante a assembleia em Genebra, que ocorre de 21 a 30 de maio, foi tomada a decisão de excluir Taiwan da comunidade internacional da saúde, como resultado direto da pressão exercida pela China, que reivindica soberania sobre a ilha.
A China insiste que Taiwan é parte integrante do seu território e rejeita o reconhecimento da ilha como um país independente. Essa postura chinesa tem consequências significativas para Taiwan, já que a exclusão da ilha de importantes organizações internacionais dificulta a colaboração em questões de saúde global, como a luta contra a pandemia de COVID-19.
Taiwan rapidamente condenou a decisão da OMS, descrevendo-a como “desprezível” e acusando a China de bloquear sua participação em organizações globais. O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan afirmou que apenas o governo democraticamente eleito de Taiwan pode representar os 23 milhões de pessoas da ilha na OMS e em outras organizações internacionais.
Enquanto isso, a China recebeu positivamente a decisão da OMS. Em um comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou que o resultado reflete o princípio de “uma só China”, que seria a aspiração e a tendência da comunidade internacional.
Antes da abertura da conferência, quase 100 países expressaram apoio ao princípio de “uma só China” e manifestaram-se contra a participação de Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde, por meio de cartas especiais e declarações enviadas à OMS. A China instou “certos países” a pararem de politizar a questão de saúde, de interferir nos assuntos internos da China e de usar a questão de Taiwan como pretexto para controlar o país.
Embora Taiwan seja permitido participar de algumas reuniões técnicas da OMS, a exclusão da ilha da assembleia anual representa um obstáculo significativo para seus esforços no combate à pandemia de COVID-19. A ilha rejeita veementemente as reivindicações de soberania da China, afirmando que apenas o povo taiwanês tem o direito de determinar seu futuro.
A exclusão de Taiwan da Assembleia Anual da OMS mais uma vez destaca as complexas questões políticas envolvendo a ilha e a China, que afetam não apenas a participação de Taiwan nas organizações internacionais, mas também a capacidade de colaboração global em questões críticas de saúde pública.
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