Brasil x Jamaica entraram em campo pela terceira rodada da Copa do Mundo Feminina com cenários diferentes em busca da próxima fase da competição, mas o Brasil é eliminado.
Enquanto a seleção brasileira precisava da vitória para avançar, para a Jamaica, que havia segurado a França e vencido o Panamá, bastava o empate.
A técnica Pia Sundhage optou por começar a partida com Marta no time titular, para tentar incomodar a competente zaga jamaicana desde os primeiros minutos, e logo aos 4, após jogada pela esquerda, a defesa se atrapalhou, a bola sobrou nos pés da Rainha, que finalizou sem muita força para defesa de Rebecca Spencer.
Com o passar do tempo, a seleção canarinha começou a se desesperar em busca do gol e a cada finalização, a confiança da goleira jamaicana, que se saiu melhor durante quase todo o confronto, parecia ficar maior.
Bem postada na defesa, a Jamaica fez um bom jogo e se aproveitou do nervosismo das brasileiras, para manter o resultado, sem pressa e jogando um futebol pouco emocionante mas muito efetivo para quem não precisava fazer gol.
Tentando trocar passes no meio de campo, mas com pouca efetividade, as brasileiras não conseguiam levar real perigo e nem deixar Marta a vontade para desempenhar o futebol que tantas outras vezes encantou o mundo.
O segundo tempo de jogo foi marcado pela queda de ritmo técnico, onde as jamaicanas “empurraram” o Brasil para longe de sua área e as brasileiras pareciam cada vez mais desconcentradas e tentando fazer a bola chegar ao gol, muitas vezes sem técnica, só atacando.
Aos 30 do segundo tempo, a chance mais clara do Brasil aconteceu quando a defesa cortou um cruzamento para trás, Spencer falhou mas Bia Zaneratto, que tinha acabado de entrar, não conseguiu alcançar a sobra.
A demora para mexer no time por parte da técnica e o claro nervosismo em campo, foram culminantes para levar a seleção brasileira a precoce eliminação na primeira fase, que não ocorria desde a edição de 1991, onde foi eliminada após perder para a Suécia, ironicamente, sofrendo um gol de sua atual técnica, a ex zagueira Pia.
A partida marcou a despedida de Marta das Copas do Mundo, e apesar de não ter marcado nesta edição, a Rainha encerra seu ciclo mundialista com 17 gols, sendo a maior artilheira da história das copas, feminina ou masculina.
A atacante do Orlando Pride, vestiu a camisa amarela em sua sexta Copa do Mundo, exatamente 20 anos depois de sua estreia em mundiais.
Lenda da modalidade, dona de 6 prêmios de melhor do mundo e inspirando diversas gerações de meninas que sonham em jogar futebol, a atacante se despediu como uma gigante mesmo com a eliminação melancólica.
Do outro lado, as “Reggae Girlz” fizeram história, ao passar de fase em sua segunda participação em copas e irá medir forças contra a Colômbia.
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Com a eliminação do Brasil, somente a Colômbia segue como representante da América do Sul, já pela Ásia, Japão e Austrália, que tiveram belíssimas apresentações na primeira fase, seguem vivas na competição.