Foto: Divulgação/ G1
Em 15 de agosto, no domingo, o Talibã assumiu quase todo o controle do Afeganistão. Houve a invasão e tomada de poder do palácio presidencial em Cabul, logo após o presidente afegão fugir do país. Segundo as fontes da CNN, Ghani saiu o país no domingo para o Tajiquistão.
Anteriormente, ocorreu a retirada militar dos Estados Unidos do Afeganistão devido ao cumprimento ao acordo de paz, realizado em Doha, entre o EUA e o Talibã. Assim, deixando uma queda das forças nacionais e do governo do Afeganistão, ficando mais fácil para o Talibã enfrentar e derrotar as forças de segurança afegãs.
O Talibã é um grupo fundamentalista islâmico que controlou o Afeganistão em 1996 até 2001 com a coalizão militar. É considerado um rígido regime baseado em uma versão radical da Sharia, a lei islâmica. O grupo teve início em 1990 após a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão.
O grupo é formado por um líder supremo, um conselho com 26 membros e um “gabinete de ministros” que observa atividades em diferentes áreas, como militar e econômica.
Devido ao retorno do Talibã ao poder e a fuga do presidente, o medo e o desespero logo tomou conta da população. Logo em seguida, nos aeroportos, foram causados tumultos para tentar deixar o Afeganistão. Diversas pessoas tentavam escapar de Cabul a pé por medo de retaliação por parte dos combatentes do Talibã e pela incerteza diante de uma potencial onda de violência.
Confira algumas imagens, divulgadas pela BBC, da população tentando sair da cidade:
Além disso, muitas mulheres estão com medo do controle do grupo fundamentalista. Pois a lei que o Talibã tem como base é a Sharia que tem como diretriz para a vida que todos os muçulmanos deveriam seguir. Elas incluem orações diárias, jejum e doações para os pobres e as mulheres eram forçadas a usar vestimentas que cobrem todo o corpo, incluindo as burcas e caso infringissem a ordem, elas devem ser espancadas. A educação das crianças são restritas para as meninas com mais de 10 anos e caso não cumprida a lei, há punições mortais, incluindo execuções em via pública. As mulheres também não podem sair sem a permissão por escrito dos homens. O trabalho e o estudo também são negados, fazendo com que sejam totalmente dependente dos homens.
Segundo alguns militares, já confirmaram o objetivo de impor novamente a Sharia, incluindo apedrejamento por adultério e amputação de membros por roubo. As mulheres estão apavoradas, pois isso significaria um retrocesso de, pelo menos, 20 anos.
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