A atriz, dubladora e modelo Bella Chiang, conhecida por seu trabalho em Poliana Moça e Escola de Gênios, dá vida à corajosa Ping na nova animação A Menina e o Dragão. Em entrevista ao Asia ON, Bella compartilhou detalhes sobre o processo de dublagem e sua visão sobre a importância da representatividade asiática na indústria do entretenimento.
A Menina e o Dragão é uma coprodução entre China e Espanha, baseada na série de livros Dragonkeeper, de Carole Wilkinson. A trama segue Ping, uma jovem órfã que embarca em uma jornada ao lado do último dragão imperial para recuperar o último ovo de dragão, roubado por um feiticeiro. O filme estreia no Brasil no dia 19 de setembro.
Bella falou sobre o desafio de dar vida à personagem: “Eu acho que o maior desafio que eu tive era colocar a minha voz como super determinada e super corajosa. Porque quando você tá atuando, é muito fácil, porque você tem o seu rosto inteiro na câmera e, principalmente, o olhar, a ferramenta mais poderosa pra câmera, né? Mas agora, quando você tá dublando, a personagem já tá ali. Você sabe que ela é destemida, você sabe que ela é corajosa, mas você precisa colocar sua voz dessa forma potente também.”
A dubladora também falou sobre momentos específicos do filme que exigiram mais esforço. “Eu acho que o maior desafio que eu tive mesmo foram todas as vezes que ela tava caindo ou quando ela tava gritando. Porque, eu vou pegar esses dois exemplos que os dois aparecem no filme, porque gritar… Ok, todo mundo grita, mas ninguém grita dentro de um cubículo imaginando uma situação que está acontecendo com você. Então, ninguém grita dentro de um estúdio, né? E aí, você querendo ou não, inconscientemente, você fica um pouco tímida, sua voz consegue perceber essa timidez.”
Bella descreveu como essas cenas exigiram ajustes: “De cair foi difícil e de gritar por muito tempo. Tanto que no trailer aparece uma parte muito pequenininha, mas eu gritei por uma grande quantidade de tempo, porque depois que ia passar o efeito, pra ficar com aquele efeito de eco, de imensidão.”
Ao falar sobre o processo de criação, Bella revelou que, embora houvesse um roteiro, havia espaço para colaboração: “Eu tinha uma relação muito boa com o meu diretor. É claro, liberdade a gente nunca vai ter toda, né? Porque já tem a personagem ali feita, que você só tem que dar a sua voz. Mas é claro, a gente conversou bastante sobre se acha que essa frase tá legal, vamos ver se muda. Porque não achei que encaixou na boca dela, no formato das palavras. E a gente mudava, não teve nada no improviso.”
Bella também destacou a importância da representatividade asiática em A Menina e o Dragão: “Eu acho que agora o Brasil tá tendo uma notoriedade maior, tá tomando maior cuidado pra realmente colocar dubladores asiáticos em filmes asiáticos. Não que seja uma exceção, dubladores asiáticos só podem dublar em filmes asiáticos, não é isso, mas a essência asiática, ela se perde tanto em estereótipos e já existe tanta falta de representatividade asiática.”
Ela acrescentou: “Eu espero que eu consiga trazer isso bem, porque no Brasil a gente não pode negar que falta muita representatividade de mulheres asiáticas. A gente sempre fica muito em segundo plano, sempre como um segundo caso, mas nunca como a primeira opção.”
Quando perguntada sobre sua preparação para o papel, Bella revelou que o processo foi contínuo: “Eu acho que a maior dica que eu tenho é continuar estudando. Não importa se você está se preparando para um teste específico ou não. Eu acho que são passos de formiga, são passos que você vai dando devagar, de continuar estudando, continuar focando em você mesma.”
Sobre as dificuldades de transitar entre personagens, ela explicou: “Eu tenho um preparador de elenco que me ajuda com desconstrução de personagem. Porque muitas vezes você tá tanto tempo em uma personagem só, gravou por dois anos, por exemplo, que você precisa desconstruir essa personagem de você.”
Sobre o futuro da dublagem, Bella comentou sobre o papel da inteligência artificial: “A inteligência artificial, por mais que ela seja benéfica em muitos aspectos da vida, eu acho que na dublagem… Daqui uns anos vão querer colocar a inteligência artificial em tudo para deixar o trabalho mais fácil, mas não vai ser a mesma coisa. Porque a gente tem profissionais que trabalham nisso há anos, são diretores, são dubladores.”
Ela concluiu dizendo que, embora a IA possa ser útil tecnicamente, “a essência de cada trabalhador é uma coisa que a inteligência artificial jamais conseguiria substituir.”
A Menina e o Dragão estreia no Brasil no dia 19 de setembro. A produção, dirigida por Jianping Li e Salvador Simó, traz à tona temas como amizade, coragem e amadurecimento, e promete ser um sucesso tanto para crianças quanto para adultos.
Assista o trailer:
Agradecimentos: Bella Chiang, Sinny Comunicação, Imagem Filmes | Foto de capa: Facebook Bella Chiang
Pledis Entertainment anunciou nesta quarta-feira (20), que The8, membro do grupo Seventeen, lançará seu primeiro…
A Netflix revelou durante o International Showcase nesta semana em Los Angeles, que 80% de…
A autora sul-coreana Lee Sun-Youngl, estreia no Brasil com o livro Farmácia do amor da…
A Japan House traz para o Brasil a exposição "A vida que se revela", em…
A visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, marcada por reuniões com o…
Na manhã desta quarta-feira, 20 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu…
View Comments
Your blog post was like a ray of sunshine on a cloudy day. Thank you for brightening my mood!