Em 1970, a cidade de Pantabangan nas Filipinas foi submersa durante a construção da barragem da cidade. O objetivo era aumentar a capacidade de armazenamento de água para irrigação e consumo, importante para o desenvolvimento agrícola da região de Nueva Ecija, uma das maiores produtoras de arroz do país. A construção deslocou comunidades inteiras, alterando a geografia e o modo de vida local.
Recentemente, devido a uma combinação de seca prolongada e o fenômeno climático El Niño, os níveis de água na barragem caíram drasticamente, revelando as estruturas antigas da cidade submersa. Isso inclui partes de edifícios como a prefeitura e a igreja local, visíveis agora como ruínas em uma pequena ilha formada no meio do reservatório.
O reaparecimento das ruínas atraiu turistas e moradores, transformando o local em uma atração turística temporária. As autoridades permitiram a visitação para fotografia, embora tenham imposto restrições de acesso por questões de segurança. Por causa das ruinas, o turismo local aumentou e os moradores estão tendo novas fontes de renda.
A Administração Nacional de Irrigação das Filipinas (NIA) respondeu à queda do nível da água implementando programas para mitigar o impacto sobre a irrigação. Entre as medidas adotadas está a semeadura de nuvens, que começou em em abril e deve continuar até junho, visando aumentar artificialmente as precipitações na área.
Historicamente, a barragem de Pantabangan é considerada uma das mais limpas do país e é a segunda maior barragem da Ásia. Desde a sua criação, ela tem desempenhado um papel vital na geração de energia hidrelétrica e no fornecimento de água para aproximadamente 77.000 hectares de terras agrícolas.
Com mais de 300 anos de idade, a cidade estava submersa desde os anos 70, o engenheiro do órgão estatal responsável pelas represas do país, Marlon Paladin, disse que este é o período mais longo que a cidade permanece visível desde a construção da represa.
Relatórios indicam que as intensas ondas de calor, estão interferindo na vida de milhares de pessoas, causando o fechamento de escolas e recomendações para que trabalhadores de escritórios passem a trabalhar de casa.
O país atualmente está lidando com uma estação quente e árida, que foi exacerbada pelo El Niño, e que se caracteriza ainda mais pelo aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico.
Sendo um arquipélago, a costa leste das Filipinas é particularmente suscetível a esses fenômenos. Como uma das nações mais vulneráveis às mudanças climáticas, as Filipinas enfrentam o risco de eventos climáticos severos.
Foi relatado também, que houve uma diminuição significativa nos níveis das represas, incluindo em Pantabangan e outras regiões.
Os níveis de água caíram quase 50 m de sua marca alta usual de 221 m. Se os relatórios estiverem corretos, o surgimento das ruínas começou em março, à medida que a região experimentou chuvas mínimas.
Além das Filipinas, muitos outros países, como Bangladesh, Tailândia, e a fronteira com Mianmar, têm relatado temperaturas elevadas, com alguns lugares tendo temperaturas que ultrapassaram os 45°C.
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Fontes: (1) |Fotos: Divulgação / JOHN JOHN SALEM FERNÁNDEZ by Esquire.ph