Coreia do Sul relata surto de peste suína africana

Depois de sete meses sem surto, as autoridades de saúde animal da Coréia do Sul confirmaram dois casos de peste suína africana (ASF) em uma fazenda de porcos em Yeongwol-gun
peste suína africana
Foto: Matthias Zomer | Pexels | Peste Suína Africana

O surto foi relatado em uma fazenda com 401 porcos na província de Gangwon. O Ministério da Agricultura disse que todos os suínos da fazenda foram abatidos imediatamente como parte das medidas de biossegurança.

A peste suína africana voltou às fazendas sul-coreanas após sete meses, disse o Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país na quarta-feira (5). A declaração foi feita logo após ser confirmado dois casos em uma fazenda de 401 porcos em Yeongwol-gun, província de Gangwon. Todos os porcos domesticados na fazenda foram sacrificados imediatamente.

Um total de 11 casos de peste suína africana foram descobertos em javalis em Yeongwol-gun desde o início do surto em 2019. A fazenda de porcos fica a apenas 1,2 km de onde o último caso no condado foi descoberto em um javali.

O ministério disse que as autoridades impuseram uma ordem de paralisação de 48 horas até as 11h da sexta-feira em instalações relacionadas à pecuária na província de Gangwon, província de Gyeonggi e província de Chungcheong do Norte, as três principais províncias onde os casos foram descobertos.

As autoridades disseram que os testes de peste suína africana deram negativo em outras fazendas de suínos no raio de 10 quilômetros de onde foi encontrado o último caso. Foram conduzidas análises e testes detalhados em mais 170 fazendas em 19 cidades e condados próximos.

As autoridades prometeram intensificar as medidas de controle do vírus para conter a propagação. Logo que o surto pode perturbar a oferta e a demanda de produtos suínos vendidos e distribuídos por todo o país, ao mesmo tempo em que ameaça a subsistência dos criadores de suínos locais.

“É lamentável descobrir outro caso de peste suína africana, apesar de nossos esforços concentrados de quarentena”, disse o primeiro-ministro em exercício, Hong Nam-ki, em uma reunião na quarta-feira (5).

“Todas as medidas devem ser tomadas preventivamente e ousadamente, e peço aos ministérios relacionados que concentrem todos os seus recursos para cooperar ativamente no controle do surto.”

O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais estão trabalhando para instalar mais cercas para evitar o movimento de javalis. Enquanto isso, despacha mais veículos para realizar os esforços de desinfecção.

A notícia é preocupante, já que o último caso de Yeongwol-gun, é o primeiro confirmado dentro de sete meses para a doença de porcos domesticados. O último caso foi encontrado em 9 de outubro de 2020.

A peste suína, para a qual não existe vacina, tem uma taxa de mortalidade de quase 100% para animais infectados. Ele passa por contato direto, bem como por ração animal infectada e em roupas e equipamentos agrícolas, embora seja inofensivo para os humanos.

Desde o início do surto na Coreia do Sul, em setembro de 2019, foram abatidos mais de 450.000 porcos no país e centenas de javalis.

Apenas no final de 2020 que os criadores de suínos, que tiveram seus porcos abatidos por causa do vírus, conseguiram voltar à produção em suas fazendas. Tendo apenas seis meses se passaram desde que puderam reiniciar seus negócios.

Na maioria dos casos, leva de 12 à 16 meses para que as fazendas de suínos comecem a lucrar depois de comprar seus primeiros porcos. Assim, antes de ter seu primeiro lucro líquido, muitos deles entraram em dívidas. E o prejuízo aumentou bastante desde que a peste suína africana pousou na Coreia.

 

 

 

Fonte: (1) | Foto de Matthias Zomer – Pexels

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