No primeiro artigo, exploramos a importância da geopolítica asiática e abordamos tópicos como o Mar do Sul da China e o conflito Rússia x Ucrânia. Nesta segunda parte, continuaremos a nossa jornada de preparação para o ENEM 2023, adentrando em dois outros pontos críticos da geopolítica asiática que também têm impacto significativo na dinâmica mundial.
Em primeiro lugar, examinaremos o conflito de longa data entre Israel e Palestina, uma questão que transcende fronteiras e gera repercussões globais. Em seguida, mergulharemos nas complexas dinâmicas do Conflito Afeganistão x Talibã, que têm desempenhado um papel fundamental na política internacional recente.
O conflito entre Israel e a Palestina tem sido uma questão geopolítica contínua e complexa que envolve várias dimensões, incluindo territórios disputados, questões religiosas e étnicas, além de influências de potências globais. Recentemente, o cenário ficou mais tenso com a escalada de violência entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
A recente escalada no conflito entre Israel e a Palestina iniciou-se em 7 de outubro de 2023, com um ataque coordenado surpresa de grupos militantes palestinos liderados pelo Hamas a Israel, lançando pelo menos 5.000 foguetes da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas contra Israel. Os desenvolvimentos recentes incluem intensificação das incursões de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com buscas, prisões e demolições de casas, em meio a um aumento relatado de ataques de militantes palestinos contra israelenses. Desde o início de 2023, mais de 160 palestinos foram mortos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com 21 mortes israelenses registradas. Em uma ação sem precedentes desde 1973, o gabinete de Israel invocou o Artigo 40 Aleph, declarando oficialmente guerra, após mais de 300 israelenses terem sido mortos em um grande ataque pelo grupo palestino Hamas.
O conflito Israel-Palestina remonta à criação do Estado de Israel em 1948, mas suas raízes são muito mais profundas, envolvendo reivindicações históricas de terras e identidades religiosas e étnicas contrastantes. Com o passar das décadas, vários eventos e guerras contribuíram para a complexidade e a intensificação do conflito.
A mais recente onda de violência iniciou-se em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque surpresa a Israel, disparando pelo menos 5.000 foguetes da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas contra Israel. Este evento marcou o início de um conflito armado em andamento entre os grupos militantes palestinos liderados pelo Hamas e Israel.
Nos dias que se seguiram, o conflito intensificou-se com ambos os lados realizando ataques aéreos e terrestres. A Agência de Notícias da Palestina, Wafa, reportou que 400 pessoas foram mortas em ataques israelenses em um determinado período durante o conflito, que já dura mais de 17 dias. Em um dos dias de conflito, o Hamas libertou dois cativos enquanto Israel intensificava o bombardeio em Gaza.
A situação se agravou com o ataque a um hospital em Gaza que resultou na morte de centenas de palestinos, intensificando as tensões no Oriente Médio. O ataque foi atribuído a um ataque aéreo israelense por oficiais palestinos, enquanto Israel atribuiu a explosão a um lançamento de foguete mal-sucedido pelo grupo Jihad Islâmica Palestina. Além disso, um ataque do Hamas no sul de Israel resultou na morte de pelo menos 1.300 pessoas.
O conflito atraiu condenação global, com protestos ocorrendo nas embaixadas de Israel em vários países. Um ponto notável foi o cancelamento de uma cúpula que a Jordânia sediaria para discutir a situação em Gaza, com a presença do Presidente dos EUA, Joe Biden, e líderes egípcios e palestinos. O Conselho de Segurança da ONU também está programado para votar uma resolução, redigida pelo Brasil, que pede pausas humanitárias no conflito para permitir o acesso à ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Os efeitos humanitários têm sido devastadores, com mais de 420.000 palestinos deslocados internamente. O Egito fechou sua fronteira com Gaza após bombardeios israelenses na área e afirmou que não permitirá uma saída em massa de Gaza para seu território.
O conflito Israel-Palestina pode ser abordado no ENEM sob várias perspectivas, incluindo as implicações geopolíticas da guerra, as relações internacionais, as reações globais ao conflito, e os direitos humanos. Questões podem explorar o contexto histórico do conflito, as ações e reações dos países envolvidos e da comunidade internacional, bem como as consequências humanitárias e globais da guerra.
Por exemplo, uma questão do ENEM pode pedir aos estudantes que analisem um mapa mostrando as áreas de conflito, ou que discutam as implicações globais da guerra. Além disso, temas de redação podem explorar questões de direitos humanos, respostas internacionais a crises, ou as ramificações de conflitos geopolíticos em um mundo globalizado.
O Afeganistão tem sido palco de intensos conflitos por várias décadas, com diferentes facções e forças externas disputando o controle do país. A situação se agravou consideravelmente em 2021 com a retirada das tropas americanas e da OTAN, levando ao rápido avanço e tomada de poder pelo Talibã. Em 2023, o cenário é de um Talibã tentando consolidar seu poder entre disputas internas e resistência de grupos armados rivais, enquanto a comunidade internacional observa com preocupação as implicações regionais e globais do ressurgimento do Talibã.
O Talibã, traduzido como “estudantes” em pashto, teve suas raízes nas madrassas (escolas islâmicas) do Paquistão durante o período tumultuado pós-invasão soviética no Afeganistão. Fundado na década de 1990, o movimento cresceu rapidamente em poder e influência, promovendo uma interpretação estrita e conservadora da Sharia (lei islâmica). Seu rápido avanço foi facilitado pela instabilidade política no Afeganistão e pelo apoio de certos setores dentro do Paquistão.
Os ataques de 11 de setembro de 2001 provocaram uma resposta militar dos EUA e seus aliados, resultando na invasão do Afeganistão e na remoção rápida do Talibã do poder. O que se seguiu foi uma ocupação militar prolongada, durante a qual o Talibã se reorganizou e lançou uma insurgência que continuou a desafiar as forças internacionais e afegãs ao longo de duas décadas. Apesar dos esforços de reconstrução e estabilização, o Afeganistão permaneceu em um estado de conflito contínuo, com o Talibã controlando várias áreas rurais e continuando a desafiar o governo central.
A decisão dos EUA e da OTAN de retirar suas forças do Afeganistão em 2021 criou um vácuo de poder que o Talibã aproveitou rapidamente. Em um avanço surpreendentemente rápido, o Talibã capturou a maioria das principais cidades, incluindo a capital, Kabul, em agosto de 2021. O colapso das forças de segurança afegãs e a falta de resistência eficaz facilitaram a retomada do poder pelo Talibã.
Sob a liderança de Haibatullah Akhundzada, o Talibã tem tentado consolidar seu poder e implementar sua versão da lei islâmica no Afeganistão. No entanto, a coesão interna do grupo tem sido desafiada por facções rivais e pela resistência de grupos armados, como o Estado Islâmico (ISIS).
O ISIS emergiu como um desafiante violento ao Talibã, realizando uma série de ataques terroristas de alto perfil que desafiaram a autoridade do Talibã e complicaram ainda mais a situação de segurança no país. A rivalidade entre o Talibã e o ISIS é também um reflexo de uma divisão mais ampla entre diferentes facções islamistas na região.
A deterioração dos direitos humanos no Afeganistão sob o regime do Talibã é uma preocupação premente para a comunidade internacional. A imposição estrita da Sharia pelo Talibã trouxe consigo uma série de restrições, especialmente para mulheres e meninas.
Sob o domínio do Talibã, as mulheres e meninas afegãs enfrentaram restrições draconianas. A participação feminina na força de trabalho foi severamente limitada, e o acesso à educação para meninas foi restringido. Muitas mulheres foram forçadas a deixar seus empregos e foram instruídas a não sair de casa sem a companhia de um homem da família. O uso de burcas também foi imposto novamente. Tais restrições têm um impacto profundo na liberdade, dignidade e desenvolvimento econômico das mulheres e meninas afegãs.
Há relatos crescentes de execuções sumárias, tortura e outros abusos graves cometidos pelo Talibã contra opositores políticos, membros das forças de segurança afegãs anteriores, e outros considerados como ameaças. Estes atos de violência exacerbam o clima de medo e repressão no país.
A liberdade de expressão e imprensa está sob ameaça séria no Afeganistão do Talibã. Jornalistas e profissionais de mídia enfrentam violência, intimidação e outras formas de repressão. O Talibã tem controlado rigorosamente a narrativa e restringido a liberdade da mídia, com muitos jornalistas sendo forçados a fugir ou trabalhar sob condições extremamente perigosas.
O sistema de justiça do Talibã, baseado em sua interpretação da Sharia, é muitas vezes arbitrário e carece de devido processo legal. As cortes do Talibã têm realizado julgamentos sumários, muitas vezes resultando em punições severas sem um julgamento justo.
O cenário de direitos humanos no Afeganistão é sombrio, e a necessidade de uma resposta internacional coordenada é evidente para prevenir abusos adicionais e promover a proteção dos direitos humanos. Enquanto o Talibã busca legitimidade internacional, sua postura e práticas em relação aos direitos humanos permanecem como um obstáculo significativo, exigindo uma atenção contínua e pressão da comunidade global para garantir a conformidade com as normas e padrões internacionais de direitos humanos.
O Afeganistão enfrenta uma crise humanitária e econômica catastrófica, exacerbada por conflitos contínuos, secas e a pandemia de COVID-19. A falta de acesso a alimentos, água potável, medicamentos e serviços básicos tem colocado uma pressão insuportável sobre uma população já empobrecida. A economia do país, fortemente dependente da ajuda internacional, está à beira do colapso, com a inflação disparando e o desemprego aumentando. O sistema de saúde está em ruínas, e há uma escassez crítica de suprimentos médicos, enquanto a comunidade internacional debate como fornecer ajuda sem legitimar o governo do Talibã.
A resposta internacional ao ressurgimento do Talibã tem sido fragmentada. Enquanto alguns países hesitam em reconhecer o governo do Talibã, outros têm explorado canais diplomáticos para fornecer ajuda humanitária ao povo afegão. A situação delicada no Afeganistão também tem sido um ponto focal nas discussões sobre terrorismo, direitos humanos e migração global. As Nações Unidas, juntamente com várias outras organizações internacionais, têm apelado para um acesso humanitário irrestrito ao Afeganistão e para a prestação de ajuda para prevenir uma catástrofe humanitária em larga escala.
O retorno do Talibã ao poder reacendeu preocupações globais sobre o terrorismo, especialmente dado o histórico do grupo em abrigar terroristas, incluindo a al-Qaeda. A estabilidade do Afeganistão é vista como crucial para a segurança regional e global, com muitos temendo que o país possa novamente se tornar um refúgio para grupos terroristas. A crescente influência do Estado Islâmico no país é outro motivo de grande preocupação, com o grupo realizando uma série de ataques tanto dentro quanto fora do Afeganistão.
O conflito no Afeganistão, com o Talibã no centro, continua a ser um desafio complexo e multifacetado com implicações profundas não apenas para o povo afegão, mas para a estabilidade e segurança da região e além. A comunidade internacional enfrenta o dilema de como engajar com o Afeganistão sob o Talibã, ao mesmo tempo que busca prevenir uma crise humanitária e garantir a segurança regional e global.
O conflito no Afeganistão, especialmente envolvendo o Talibã, é um tema que pode ser explorado no ENEM sob várias lentes. Questões podem ser formuladas para entender a geopolítica e as relações internacionais, especialmente focadas na intervenção internacional no Afeganistão e como as relações entre os países foram afetadas pelo conflito. Além disso, a situação dos direitos humanos no Afeganistão, especialmente em relação às mulheres e crianças, pode ser um tópico relevante para questões de múltipla escolha ou até mesmo um tema de redação.
O papel do Talibã e outros grupos militantes no Afeganistão também pode ser explorado no contexto do terrorismo global e segurança regional. A crise humanitária e econômica contínua no Afeganistão pode ser outro ponto de discussão, explorando as causas, consequências e as respostas internacionais a essas crises. Uma análise histórica das intervenções estrangeiras no Afeganistão e o impacto dessas intervenções na trajetória do país também podem ser examinados.
A comparação entre o conflito no Afeganistão e outros conflitos globais pode ser outro aspecto interessante, explorando as semelhanças, diferenças e implicações geopolíticas. A análise crítica de como a mídia internacional e nacional retrata o conflito no Afeganistão e o Talibã pode ser parte de uma avaliação crítica da informação.
Além disso, a discussão sobre o impacto do conflito na educação e na sociedade afegã, e como a falta de acesso à educação pode perpetuar ciclos de violência e pobreza, pode ser um tema relevante. Temas de redação podem explorar questões de direitos humanos, respostas internacionais a crises, ou as ramificações de conflitos geopolíticos em um mundo globalizado, proporcionando aos estudantes uma oportunidade de refletir e escrever sobre questões complexas e contemporâneas através de uma lente crítica e analítica.
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