Você viu pessoas fantasiadas com uma peruca com franja e muito pó branco na cara nas redes sociais e não entendeu o motivo? Esses memes surgiram após o caso “Sister Hong” ter se transformado em fenômeno viral nas redes. Em julho de 2025, na China, um homem de 38 anos usou o apelido “Sister Hong” e se passou por mulher para atrair dezenas de homens, filmar os encontros íntimos sem o consentimento deles e vender os vídeos pelas redes.
Na cidade de Nanjing, ele se apresentou como mulher em aplicativos de relacionamento, fez os homens irem até sua casa, sempre levando alguma coisa, como uma fruta e os filmou escondido. Os vídeos foram vendidos em grupos privados de internet, e acabaram viralizando em plataformas após o caso vir à tona.
Logo surgiram rumores de que ele teria filmado mais de mil, ou até 1.600 homens. As autoridades investigam o caso e confirmaram que o número é exagerado, apontando que o total pode ter sido menor, possivelmente cerca de 237 vítimas.
Alguns vídeos mostravam os rostos dos homens filmados. Muitas pessoas foram reconhecidas por familiares e amigos nas redes sociais. Isso causou constrangimento, términos de relacionamento e exposição pública, mesmo após a prisão do homem em 6 de julho.
A polícia chinesa informou que ele cobrava cerca de 150 yuans (aproximadamente R$ 110) para dar acesso aos vídeos. A investigação ainda apura quantas pessoas foram afetadas e o valor real ganho com essas gravações.
Por causa da grande repercussão, serviços de saúde na China ofereceram testes gratuitos de doenças sexualmente transmissíveis para possíveis vítimas. Isso aconteceu depois que surgiram relatos de que pelo menos três dos homens filmados tinham HIV positivo. As autoridades garantiram que nenhuma informação médica será divulgada.
Apesar da gravidade do caso, o termo “Sister Hong” virou piada nas redes. Usuários recriam seu visual: suéter preto, saia plissada, batom vermelho vivo, maquiagem clara e peruca com franja. Vídeos curtos mostram pessoas dançando como ele, reproduzindo poses características ou usando filtros com seu quarto como pano de fundo.
O caso segue em investigação, e ainda não se sabe qual será a punição final para o acusado. As autoridades ainda vasculham os dados oficiais, o número exato de vítimas e a pena que o autor pode enfrentar. Enquanto isso, os memes seguem em alta e reforçam o poder da viralização no mundo digital.
Fonte: (1) | Foto: Divulgação
Dani Almeida é jornalista (MTB 0095360/SP) e estudou Ciências Sociais na UNIFESP. Atua como editora no Portal Asia ON e na Tune Wav, é colunista no Portal IT Life e redatora.





