As Filipinas apresentaram um novo protesto diplomático contra as atividades marítimas da China na zona econômica exclusiva de Manila, de 320 quilômetros, disse o Ministério das Relações Exteriores na sexta-feira, 10.
Foi o segundo protesto diplomático do ministério nesta semana, somando-se a mais de 300 queixas apresentadas contra as atividades “ilegais” de Pequim no Mar do Sul da China.
A China se envolveu em “pesca ilegal”, enquanto navios da guarda costeira chinesa seguiam barcos filipinos em uma missão de reabastecimento em torno de seu banco de areia, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
“A China não tem o direito de pescar, monitorar ou interferir nas atividades legítimas das Filipinas”, acrescentou.
A embaixada chinesa em Manila não respondeu o pedido de comentário.
O ministério disse que as ações chinesas ocorreram no Second Thomas Shoal, reivindicado por Pequim e Manila e está localizado a 105 milhas náuticas (195 km) da província de Palawan, nas Filipinas.
Em novembro, as Filipinas abortaram uma missão de abastecimento no atol depois que três navios da guarda costeira chinesa bloquearam e usaram canhões de água em barcos de reabastecimento.
A China reivindica grandes áreas do Mar da China Meridional e continua a afirmar sua presença na hidrovia estratégica, apesar de uma decisão de arbitragem em 2016 invalidar a reivindicação de Pequim.
O protesto destaca os desafios futuros para o presidente eleito Ferdinand Marcos, que terá um delicado equilíbrio na busca de laços econômicos mais fortes com a China, sem parecer capitular sobre o que os militares veem como provocações ilegais de Pequim no mar.