O termo Hallyu foi criado para representar a expansão da indústria cultural Sul-Coreana pelo mundo. A palavra foi inicialmente utilizada pelos chineses e significa algo como “Onda Coreana“.
Assim, o movimento que tomou dimensões inesperadas nos últimos 30 anos, foi recebendo visibilidade e aceitação.
Muito maior que uma indústria estritamente musical, o Hallyu disseminou outros aspectos culturais, tais como: comidas, cosméticos, turismo e idioma (com a ajuda dos filmes e séries, os chamados k-dramas).
O Hallyu foi se expandindo para além do eixo Asiático, fazendo com que a indústria cultural coreana se tornasse um setor importante na arrecadação de renda do país.
Com isso, veio também o sucesso estrondoso de “Gangnam Style” do cantor PSY. A canção serviu como alavanca que ajudou a disseminar o k-pop pelo mundo, recebendo atenção para produções musicais e cinematográficas.
Assim, ao receber atenção da Billboard e seus charts acirrados, o k-pop, que antes só havia aparecido com Wonder Girls em 2009, ganhou espaço e reconhecimento.
No entanto, no Brasil, só tivemos contato com essa indústria com a popularização da internet.
A cultura coreana tem crescido cada vez mais pelo mundo, e o Brasil sendo notado pelos artistas sul-coreanos, onde o número de shows e menções ao público brasileiro está em ascensão.
Entre os vários tipos de preconceito que temos conhecimento e vivência, a xenofobia à etnia asiática também nos mostra sua problemática traz outros tantos questionamentos.
Contudo, vencendo a barreira oceânica e cultural, o Hallyu ultrapassa a indústria de entretenimento, sendo bem recebida com suas tradições, literatura e linguística.
A princípio, devido as influências religiosas, acadêmicas e filosóficas da China, até meados do século XV, a Coreia utilizava como idioma o mandarim.
No ano de 1443 o Rei Se Jeong, com o auxílio de linguistas, foi responsável pela criação do Hangul, o alfabeto coreano, como conhecemos hoje.
O monarca queria que a população tivesse acesso a um idioma fácil de se aprender e que pudesse unificar e criar uma identidade Coreana. Até os dias atuais o Rei Sejong é visto como um rei muito bom para os coreanos.
Para saber mais sobre o processo de criação do Hangul recomendamos o filme “As cartas do Rei“ (2019).
A música popular coreana é muito mais antiga do que se imagina, tendo seu início no começo do século 20, durante a ocupação do Japão.
Sob a influência de elementos ocidentais e japoneses, dá-se início ao Trot, um estilo de canções populares que serviam como forma de protesto no período da invasão nipônica.
Além disso, quase um século depois, devido a abertura comercial com o Japão, o K-pop surge como uma maneira de criar uma fonte de comércio interno e preservar a identidade e cultura da Coreia.
Assim, a Onda Coreana ganhou definição e destaque nos anos 2000, após a primeira geração do K-pop.
Com isso, o mercado japonês assimila e dissemina as produções sul coreanas, aquecendo esse tipo de mercado. Assim, tornando o k-pop um dos setores mais relevantes dentro da expansão cultural da qual falamos neste momento.
Além da música, o cinema coreano também tem ascensão nacional em meados da década de 50 até os anos 80. O destaque deste período é conhecido como Sageuk: adaptações musicais, filmes de artes marciais e melodramas históricos e folclore.
Temas contemporâneos começaram a ser abordados para alcançar o público mais jovem a partir dos anos 90. Isso se deu porque o alvo inicial eram as gerações mais antigas, posteriormente necessitando alcançar um outro público. Logo depois, as novelas e séries coreanas começaram a fazer sucesso se expandindo para além do leste asiático.
As produções coreanas têm sido amplamente disseminadas ao redor do mundo através da expansão de plataformas de streaming e estão caindo no gosto popular.
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Eu amo essa cultura e tudo o que tem nela, fico muito chateada de outras pessoas não respeitarem meu gosto ='(