Uma série de terremotos atingiu a província de Ishikawa, no centro do Japão, nesta segunda-feira (1). O tremor mais forte registrou magnitude 7,6, e um terremoto de intensidade 7 na escala japonesa de 0 a 7 foi registrado na cidade de Suzu, em Ishikawa. Um alerta de megatsunami foi emitido para a província de Ishikawa, enquanto alertas de tsunami foram emitidos para as províncias de Niigata, Toyama, Yamagata, Fukui e Hyogo, localizadas ao longo do Mar do Japão.
Após o grande terremoto, a cidade de Wajima, na província de Ishikawa, observou um tsunami de mais de 1,2 metro às 16h21 de segunda-feira. Além disso, a cidade de Toyama registrou um tsunami de 80 centímetros às 16h35, e a cidade de Kashiwazaki, na província de Niigata, registrou um tsunami de 40 centímetros às 16h36.
O tsunami, atingindo a costa do Mar do Japão, está previsto para atingir repetidamente a costa e poderá se tornar mais alto. As pessoas nessas áreas foram instruídas a evacuar imediatamente, fugir para lugares mais altos e se afastar o mais longe possível da costa.
O terremoto interrompeu os serviços de energia elétrica, voos e ferrovias. Mais de 36.000 residências em Ishikawa e Toyama perderam energia, e os serviços ferroviários de alta velocidade para Ishikawa foram suspensos. A companhia aérea japonesa ANA recusou voos para os aeroportos de Toyama e Ishikawa, e a Japan Airlines cancelou a maioria dos serviços para Niigata e Ishikawa.
A Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu alertas de tsunami para as prefeituras costeiras de Ishikawa, Niigata e Toyama, marcando os primeiros grandes alertas desde o terremoto e tsunami de março de 2011 que atingiram o nordeste do Japão. Um grande alerta de tsunami significa a possibilidade de ondas de mais de 3 metros. A Rússia também emitiu alertas de tsunami para as cidades de Vladivostok e Nakhodka.
Unidades do exército foram enviadas para ajudar nas operações de resgate, e as autoridades estão avaliando a extensão dos danos. Mais terremotos fortes na área são possíveis nos próximos dias, de acordo com Toshihiro Shimoyama, funcionário da JMA. Em resposta ao terremoto, o primeiro-ministro Fumio Kishida aconselhou os moradores a se prepararem para mais desastres.
Imagens divulgadas pela mídia local mostraram um prédio desabando em Suzu e uma grande rachadura em uma estrada em Wajima. O terremoto também foi sentido em Tóquio, a cerca de 500 km de distância.
Este terremoto ocorre durante o feriado de Ano Novo, um período tradicionalmente marcado por visitas a templos no Japão. Em Kanazawa, um destino turístico popular em Ishikawa, imagens mostraram danos em um portão torii e preocupação entre os fiéis. Moradores foram evacuados para uma escola primária próxima após o terremoto.
A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão disse que nenhuma irregularidade foi confirmada em usinas nucleares ao longo do Mar do Japão, incluindo as usinas de Ohi e Takahama, em Fukui. A usina Shika de Hokuriku, em Ishikawa, não registrou impactos do terremoto.
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