Lado de fora da Assembleia Nacional em Seul, Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024. | Foto: Yonhap via REUTERS
A Coreia do Sul enfrenta uma das crises políticas mais graves de sua história recente com a declaração de lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol na noite de terça-feira (3). A medida, que substitui as leis civis por regras militares e restringe direitos fundamentais, foi apresentada como uma resposta à suposta ameaça de “forças anti-Estado pró-Coreia do Norte”. No entanto, gerou reações imediatas de rejeição no Parlamento e protestos populares.
Entenda o que significa a lei marcial, o impacto da medida e como o cenário político e social sul-coreano está se desenrolando.
Na Coreia do Sul, a lei marcial é prevista no Artigo 77 da Constituição e pode ser imposta em casos de guerra, conflito armado ou emergências nacionais que ameacem a ordem pública. Quando decretada, todas as atividades políticas são suspensas, incluindo protestos e funcionamento do Parlamento, e a imprensa fica sob controle militar.
Sob o decreto, as autoridades militares têm poder para prender pessoas sem mandado, controlar greves e manifestações e impor restrições severas às liberdades civis. A última vez que o país viveu sob lei marcial foi em 1980, durante a ditadura militar.
Em um discurso televisionado, Yoon justificou a declaração como uma tentativa de proteger a democracia sul-coreana contra “forças anti-Estado”. Ele acusou a oposição, que domina o Parlamento, de paralisar o governo e tentar derrubar seu sistema democrático liberal.
Yoon citou como exemplo recentes moções de impeachment contra figuras de sua administração, bem como o bloqueio da aprovação do orçamento de 2025. Apesar das alegações de ameaça interna, ele não apresentou evidências concretas de ligação com a Coreia do Norte ou qualquer ameaça externa.
A medida foi recebida com fortes críticas do Partido Democrático, maior força de oposição, que classificou o decreto como “um golpe de Estado”. Parlamentares votaram unanimemente pela revogação da lei marcial poucas horas após sua promulgação, em uma sessão marcada por confrontos entre tropas militares e funcionários do Parlamento, que usaram barricadas e extintores para impedir o avanço das forças.
Nas ruas, cidadãos protestaram contra a decisão de Yoon, exigindo sua renúncia e o fim imediato da medida. Manifestantes cercaram o Parlamento, enquanto slogans como “Protejam a democracia” ecoavam por Seul.
A declaração de lei marcial gerou reações imediatas:
Caso permanecesse em vigor, a lei marcial daria às forças militares amplo controle sobre a vida política e social do país. Atividades parlamentares estariam suspensas, e protestos e greves seriam tratados como crimes. Especialistas temiam uma escalada autoritária semelhante ao período de regimes militares no país.
De acordo com a Constituição e o Ato de Lei Marcial:
Desde a fundação da Coreia do Sul, em 1948, a lei marcial foi declarada mais de uma dúzia de vezes, principalmente em momentos de instabilidade democrática, como:
Enquanto a Coreia do Sul enfrenta horas de incerteza, especialistas apontam que os próximos passos de Yoon serão cruciais para evitar um colapso político. A oposição pressiona por uma solução rápida, e a população segue mobilizada em defesa da democracia.
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