A magnata vietnamita do ramo imobiliário, Truong My Lan, de 68 anos de idade, foi condenada à morte na última quarta-feira, 11 de abril, por ser considerada culpada em um caso de fraude bilionária, no valor de 304 trilhões de dong, o equivalente a 63,8 bilhões de reais, classificado como o caso de fraude mais grave da história do país.
A empresária estava sendo julgada desde o dia 5 de março, e teve o resultado mais cedo que o esperado. A dura sentença faz parte das promessas de combate à corrupção no país, por parte do líder do partido comunista Nguyen Phu Trong.
Segundo a mídia estatal vietnamita, Lan foi considerada culpada por peculato, suborno e violações às regras bancárias. O julgamento foi realizado no centro comercial da cidade de Ho Chi Minh. Ela é Presidente da incorporadora imobiliária Van Thinh Phat Holdings Group.
O jornal Thanh Nien reportou que 84 réus no caso receberam sentenças que vão desde liberdade condicional por três anos até prisão perpétua. Entre eles estão o marido de Lan, Eric Chu, empresário Honconguês, que foi condenado a nove anos de prisão, e sua sobrinha, que foi condenada a 17 anos.
Lan começou como comerciante de cosméticos, onde ajudava sua mãe, no centro comercial de Ho Chi Minh. Em 1992, ela abriu a sua imobiliária, a Van Thinh Phat, mesmo ano em que se casou, segundo a mídia local.
Ela foi culpada, junto a outras pessoas que eram seus aliados, de desviar mais de 304 trilhões de dong do Saigon Joint Stock Commercial Bank (SCB), que ela controlava efetivamente por meio de dezenas de procuradores, apesar das regras que limitam estritamente grandes participações em credores, segundo os investigadores.
Desde o início de 2018 até outubro de 2022, quando o Estado resgatou o SCB após a detenção de Lan, ela apropriou-se de grandes somas conseguindo empréstimos ilegais a empresas de fachada, disseram os investigadores.
O jornal vietnamita VnExpress, declarou citando o júri:
“As ações da ré não apenas violam os direitos de gestão de propriedade de indivíduos e organizações, mas também colocam o SCB sob escrutínio, minando a confiança das pessoas na liderança do Partido e do Estado”
Ela foi condenada à morte e mais 20 anos pelas outras acusações, interlocutores da família disseram em forma de anonimato à imprensa, que vão recorrer da decisão do julgamento.
Seguiremos atentos às atualizações do caso e atualizaremos as informações que forem necessárias.
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