Chegou ao fim o torneio pré-olímpico de vôlei feminino, que classificou seis equipes para As Olimpíadas de Paris 2024, o alto nível de voleibol demonstrado, deixou um “gostinho de quero mais” nos fãs da modalidade e mostrou que teremos grandes embates em solo francês.
Além da anfitriã, a França, que já estava classificada, o pré-olímpico classificou República Dominicana, Sérvia, Turquia, Brasil, Estados Unidos e Polônia.
O desempenho abaixo das equipes asiáticas, complicou a definição dos representantes do continente, que ficará para 2024.
Veja agora como foi o desempenho das equipes asiáticas e como ficará o caminho do continente até Paris 2024.
Disputado em solo chinês, o GRUPO A teve as seleções da República Dominicana e da Sérvia, como as classificadas para a disputa dos Jogos de Paris, a anfitriã China, começou bem, após vencer jogos equilibrados, mas não conseguiu manter o nível e não conseguiu a vaga, mesmo com o apoio de sua torcida.
No primeiro jogo, a equipe chinesa se impôs e venceu as ucranianas por 3 sets a 0 e apesar de ter tido dificuldades de garantir o primeiro set, que terminou em 25 – 21, se saiu melhor no segundo, garantindo 21 – 18 e levou o resultado após se defender melhor e levar o terceiro set também por 25 – 21.
Com uma tabela mais tranquila no começo da competição, a seleção da China, teve no segundo jogo, a seleção do México, que terminou como última colocada ao fim dos enfrentamentos, as chinesas não tiveram dificuldades e de maneira avassaladora garantiu o resultado por 3 sets a 0, com as parciais de 25 – 14 / 25 – 18 e impressionantes 25 – 7.
No terceiro jogo a parte mais tranquila da tabela chinesa, encerrou com mais uma vitória por 3 sets a 0, dessa vez dominando a seleção da Chequia.
Com uma sequência de sete pontos sequenciais, as chinesas não deram chances para a equipe europeia no primeiro set, encerrado com uma ampla vantagem, de 25 – 12.
Já no segundo set, a equipe adversária chegou a ter 3 pontos sequenciais, mas as chinesas voltaram a se impor e fechar o set por 25 – 16, no terceiro, a Chequia reagiu e tentou forçar um 4 º set, mas as donas da casa conseguiram se segurar e vencer por 25 – 23, se aproveitando de uma boa média de pontos de recepção.
A partir do quarto jogo, as coisas se complicaram e vimos uma valente seleção chinesa lutando ponto a ponto mas sendo superada por uma forte seleção canadense, que sofreu para conseguir sair vitoriosa, após 5 sets.
A vitória canadense por 2 sets a 3 foi conquistada após uma disputa eletrizante, com um primeiro set que terminou com o placar apertado de 26 – 28 para o Canadá, já no segundo set, as chinesas se recuperaram e se aproveitando de erros de saque das adversárias, fizeram impressionantes 25-15.
O terceiro set acabou sendo melhor para as canadenses, com as chinesas fazendo jogo duríssimo mas, sem conseguir superar a vantagem obtida das adversárias que conseguiram abrir 5 pontos e souberam administrar, fechando a parcial em 23 – 25.
No quarto set, as chinesas conseguiram forçar o tie-break ao aproveitar de seu ótimo nível e de novos erros de saques das canadenses, vencendo o set por 25 – 22.
No tie-break, o jogo ganhou ainda mais camadas de emoção e o set foi jogado ponto a ponto, as canadenses conseguiram evitar o match point das chinesas e mostrando seu alto nível, conseguiram superar as anfitriãs e fechar em 15 – 17, dando números finais ao jogo.
As duas partidas seguintes foram determinantes para a não classificação das chinesas, que começaram bem na partida diante dos Países Baixos e apesar de iniciar bem a partida, abrindo boa vantagem, não manteve o ritmo e acabou superada por 2 sets a 3.
Nos dois primeiros sets contra as europeias, as chinesas abriram 2 sets a 0, com as parciais de 25 – 18 e 26 e 24, com esse último mostrando um início de reação adversária.
Os três últimos sets mostraram as asiáticas com dificuldades para seguir a frente do marcador e conseguiram garantir a vitória de virada, com as parciais de 19 – 25 / 24 – 26 e 13 – 15 no tie-break.
Contra a ótima República Dominicana, as chinesas foram dominadas e não conseguiram forçar um set de desempate, sendo derrotadas ao fim por 3 x 1.
Mesmo vencendo o primeiro set por 25 – 23, aproveitando “assombrosos” 12 erros de saque das caribenhas, e saindo na frente por uma parcial bastante próxima.
No segundo set, a equipe dominicana que tem um jogo de muito ataque e imposição física, dominou as “guerreiras chinesas”, e deram mostras de como garantiram a classificação aos Jogos Olímpicos em primeiro lugar do grupo.
Com uma vitória de 25 – 21 no segundo set e aumentando a vantagem gradativamente nos dois sets seguintes, sem dar chances de reação, com o excelente placar de 14 – 25 em ambos.
Na despedida do torneio, diante de sua torcida, as chinesas, atuais finalistas da Liga das Nações, conseguiram vencer a partida contra a também classificada ao Jogos, Sérvia.
Derrotadas 25 – 23 em um primeiro set muito equilibrado, as chinesas conseguiram se recuperar, encaixando bons momentos de ataque e fechando sua participação na etapa classificatória após fechar os 3 sets seguintes em 25 – 22 / 25 – 14 e 25 – 22, com um honroso placar final de 3 sets a 1.
No grupo mais forte da competição, ou como chamamos no esporte, “grupo da morte”, grandes equipes protagonizaram bons jogos e em uma briga de grandes camisas, Brasil e Turquia se deram melhor e garantiram a vaga para o torneio Olímpico.
O Japão ficou em terceiro, e perdeu a classificação por terminar com uma derrota a mais que o Brasil, segundo colocado.
Com seis partidas onde dominou as adversárias e garantiu impressionantes seis vitórias por 3 sets a 0, com as japonesas mostrando sua força e fazendo jogo duríssimo nos dois confrontos mais importantes, contra Turquia e Brasil.
Tendo chegado até às quartas de final da Liga das Nações, as japonesas mostraram alto nível de competitividade e saíram com esperanças de garantir uma vaga pelo Ranking, devido ao bom voleibol mostrado contra bons adversários.
Diante da Turquia, a seleção Japonesa venceu o primeiro set, por 25 – 22, chegando a se manter com 6 pontos em relação às atuais medalhistas de ouro da Liga das Nações, mostrando mais uma vez que a não classificação foi por conta de detalhes.
A reação turca veio no segundo set, em uma disputa ponto a ponto com as asiáticas, que fizeram bom set e foram superadas no apertado placar de 22 – 25.
O terceiro set, levou ambas equipes ao limite e selou uma emocionante parcial de 24 – 26, com as japonesas novamente sendo superadas mesmo após grandes jogadas defensivas, adianto o match point das adversárias.
No quarto set, uma já cansada seleção japonesa, não conseguiu forçar o tie-break e foi superada por 12- 25, encerrando a disputa em 1 set a 3 e deixando a decisão da vaga diante da seleção brasileira.
O confronto decisivo foi uma grande partida contra o Brasil, que mostrou seu favoritismo e fez jogo duro diante das asiáticas, garantindo a vaga após vencer de maneira apertada, por 2 sets a 3.
O primeiro set foi equilibrado e apesar de mostrar uma equipe brasileira disposta a se recuperar da dura derrota sofrida para a Turquia, por 3 sets a 0 e indo para cima das japonesas, aproveitando todas as brechas e fechando o primeiro set em 21 – 25.
O segundo set foi de recuperação para o Japão, que se aproveitou de erros defensivos do Brasil e chegou a liderar o marcador, no começo do set, por 7 pontos de vantagem, com 3 aces (saques que geram pontos imediatos), as japonesas garantiram o empate com o resultado em 25 – 22.
No terceiro set, a emoção tomou conta da disputa, quando em uma disputa ponto a ponto, o set foi vencido pelo Brasil, por 25 – 27, após evitar o match point das japonesas e conseguir fechar com vitória.
O quarto set do jogo foi dominado pelas japonesas, que foram avassaladoras diante de um Brasil desencontrado, que errou muito e foi derrotado com um impressionante placar de 25 – 15.
O tie-break, mostrou a recuperação das brasileiras, que conseguiram inserir um bom ritmo e sair na frente desde os primeiros minutos e se aproveitando de 2 aces e de bons momentos de suas principais jogadoras, superaram as asiáticas na briga pela vaga.
Um dos destaques da partida, a ponteira Julia Bergmann, foi impressionante ao marcar pontos em que a bola ficou a centímetros de ultrapassar a linha da quadra.
Em um grupo bastante equilibrado, Tailândia e Coreia do Sul, entraram no pré-olímpico para tentar a redenção, após uma Liga das Nações bastante abaixo da média, onde as tailandesas perderam a oportunidade de ir às fases eliminatórias mesmo jogando em casa e as sul coreanas, ficaram na última colocação geral.
No torneio classificatório, as representantes asiáticas, voltaram a decepcionar, e não chegaram a figurar próximo as equipes que vão a Paris.
As tailandesas estrearam sendo derrotadas pela Alemanha em 3 sets a 0, em partida bastante disputada, com parciais de 25 – 22 nos dois primeiros sets e 25 – 20 no terceiro.
Diante da forte seleção estadunidense, as tailandesas foram dominadas e também saíram com outro revés de 3 sets a 0
Esboçando uma reação no terceiro jogo, contra uma seleção da Itália, que é muito forte, o jogo terminou em 3 sets a 1, com as asiáticas vencendo o segundo set, por 25 – 21, mesmo equilibrando as ações, não foi possível forçar um tie-break.
As tailandesas puderam sonhar, ao conseguir uma vitória muito apertada diante da Polônia, que foi uma das classificadas, por 3 sets a 2.
Se aproveitando da fragilidade das equipes seguintes, as tailandesas venceram a Eslovênia e a Coreia do Sul, adversária regional, ambas por 3 sets a 0, chegando a fazer 25 – 14 no primeiro set.
No último jogo, as tailandesas tiveram dificuldades, mas se despediram com nova vitória, desta vez contra a Colômbia, por 3 sets a 1, o que não foi suficiente para ultrapassar a Itália e nem para tirar os pontos perdidos nas primeiras partidas.
As sul-coreanas tiveram ainda menos sorte durante o torneio, sem conseguir competir em alto nível, a equipe repetiu neste grupo C, a posição da Liga das Nações, que levou ao seu rebaixamento no torneio, o último lugar.
Durante a competição, as coreanas chegaram a assustar a seleção polonesa e a forçar o tie-break contra a Colômbia, mas não conseguiram nenhuma vitória.
Na despedida ainda sofreram uma nova derrota por 3 sets a 0 e agora devem voltar todas as suas atenções aos Jogos Asiáticos.
Com o desempenho decepcionante das equipes, a Ásia ainda não tem um representante classificado para os Jogos de Paris, e a definição vai demorar mais um pouco, já que o ranking mundial será atualizado só em 2024.
As vagas serão distribuídas priorizando os continentes que ainda não tem representantes, logo, em junho, pouco mais de um mês antes de a bola rolar em solo francês, saberemos os classificados.
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