Autoridades da Tailândia se preparam para convocar uma atriz suspeita de comprar cianeto do mesmo lote que a suposta serial killer Sararat “Aem” Rangsiwuthaporn, que está sob custódia desde abril. A polícia anunciou na quinta-feira que a atriz, cujo nome foi mantido em sigilo, estava em uma lista de 100 compradores que adquiriram o mesmo lote que Sararat. A polícia planeja convocá-la para interrogatório na próxima segunda ou terça-feira.
Enquanto isso, o Tribunal Provincial de Nakhon Pathom concedeu a liberdade provisória do ex-marido de Sararat, Pol Lt Col Withoon Rangsiwuthaporn, que terá que usar uma pulseira eletrônica. Withoon foi preso na quarta-feira e acusado de receber propriedade roubada, forjar documentos oficiais em conjunto e usá-los. No entanto, o tribunal deliberou que não há evidências de sua associação com os assassinatos supostamente cometidos por Sararat e que ele não teve a intenção de interferir com a evidência ou testemunhas.
As autoridades confirmaram que Sararat é suspeita de ter matado 14 pessoas e deixado uma sobrevivente. Ela teria usado cianeto colocado na comida, água e medicamentos das vítimas. O dinheiro foi o principal motivo dos assassinatos, uma vez que Sararat estava passando por dificuldades financeiras e tinha dívidas de cartão de crédito. Ela nega todas as acusações.
A polícia tailandesa ainda está investigando se a venda do lote de cianeto foi ilegal e se houve envolvimento de funcionários do Departamento de Trabalho Industrial. As autoridades pediram a colaboração de estabelecimentos comerciais para identificar os compradores.
O caso chocou a Tailândia e gerou grande comoção na mídia e na opinião pública. A imprensa local apelidou Sararat de “Aem Cyanide”, e muitos tailandeses pediram uma punição severa para a suspeita. A polícia afirmou que tem provas circunstanciais suficientes para acusá-la de todos os crimes, apesar de não haver testemunhas oculares vendo Sararat colocando cianeto na comida ou bebida das vítimas.