Nesta quinta-feira (4), o governo metropolitano de Seul, capital da Coreia do Sul, rejeitou um pedido para realizar uma parada do orgulho LGBT em julho, que tinha como objetivo defender os direitos de minorias sexuais. O comitê organizador do festival havia solicitado permissão para usar a Praça de Seul, no centro da cidade, como parte de um festival de 17 dias para a comunidade lésbica, gay, bissexual e transgênero programado para começar em 22 de junho.
No entanto, o governo municipal deu preferência a um grupo religioso cristão, a CTS Culture Foundation, que havia solicitado o uso da praça de 13.200 metros quadrados para um concerto destinado ao bem-estar e recuperação da juventude em 30 de junho e 1º de julho. O governo local afirmou que a decisão foi tomada com base em um regulamento que dá prioridade a eventos destinados ao bem-estar de crianças e adolescentes quando várias solicitações coincidem nas mesmas datas.
A decisão foi amplamente criticada pelos grupos de direitos LGBT, que afirmam que o evento do grupo religioso é projetado para incitar o preconceito contra a comunidade. Eles acusaram Seul de negligenciar seu regulamento que apoia um princípio de não discriminação sobre os direitos de uso da Praça de Seul. O organizador do festival do orgulho afirmou que encontrará formas de manter seus planos.
Seul tem um histórico de paradas do orgulho, com o primeiro evento ocorrendo em 2000 e a primeira parada do orgulho realizada em 2015, após uma decisão do tribunal administrativo que anulou a decisão da polícia de proibir a parada.