As dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Camila Dezanetti e Dra. Viviane Scarpa fizeram algumas recomendações importantes para todas as pessoas atingidas por enchentes.
Estamos acompanhando a tragédia no Rio Grande do Sul, que já vai para a terceira semana de resgates, acomodações em abrigos e transporte de recursos para quem necessita.
Nas últimas semanas, as chuvas fortes também causaram alagamentos no Recife e em Maceió.
As médicas pedem que a população procure desviar, quando possível, das doenças transmissíveis pela água.
“Os traumas e ferimentos nos membros durante as enchentes aumentam a contaminação da água e, assim, a ocorrência de infecções de pele”, informa a Dra. Camila.
Por isso, ela pede que, após o contato com a água de enchente, as pessoas limpem e desinfetem as áreas afetadas por essa água: não só a pele, mas os ambientes, utensílios, móveis e outros objetos.
“Ferva a água antes de beber e despreze alimentos que tiveram contato com a enchente. Use a solução de hipoclorito de sódio na concentração de 2,5% próprios para diluição em água para ajudar na desinfecção dos ambientes e alimentos”, recomenda.
A Dra. Viviane complementa orientando a população a sempre procurar abrigo, primeiro de tudo.
“Quando isso não for possível, usar sacos plásticos, botas de plástico de cano alto, luvas de borracha, calças e blusas e mangas longas ao ter contato com a água”.
As médicas listam as principais doenças transmitidas por água de enchente e os sintomas correspondentes:
– Leptospirose: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular, falta de apetite, diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse, manchas na pele, aumento do fígado e/ou baço, e linfonodos;
– Hepatite A: urina escura, pele e olhos amarelados, febre, dores no corpo, falta de ar, falta de apetite, náuseas, vômitos e fadiga;
– Tétano: ferida na pele que serve como porta de entrada para a bactéria, seguido por espasmos musculares característicos;
– Micoses: descamação na pele, coloração avermelhada ou esbranquiçada, com ou sem prurido (coceira).
As médicas orientam que, quem tiver condições, deve manter atualizada sua condição vacinal, para assegurar a saúde.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) |Fotos: Divulgação / Instagram @governo_rs