A China puniu 27 funcionários do governo considerados responsáveis pela morte de maratonistas do mês passado, disse o Diário do Povo estatal na sexta-feira (11). Esta foi uma das tragédias esportivas mais mortais do mundo na história recente.
Vinte e uma pessoas morreram de hipotermia quando um clima extremamente frio caiu repentinamente em uma maratona de 100 km. A corrida foi organizada pelo governo em 22 de maio, na acidentada província de Gansu.
O chefe do condado de Jingtai, onde a corrida foi realizada, foi demitido de seu posto, informou o Diário do Povo, citando uma coletiva de imprensa feita por investigadores.
Outras punições impostas aos funcionários incluíram grandes classificações de demérito e advertências disciplinares.
Li Zuobi, o chefe do partido no condado de Jingtai, caiu de seu prédio em 9 de junho e morreu, informou a mídia estatal. Logo depois, foi relatado que a polícia descartou o homicídio enquanto a morte de Li ainda estava sendo investigada.
Não estava claro se a morte de Li estava ou não ligada à ultramaratona.
Os investigadores disseram que a tragédia foi um incidente de segurança pública causado por condições meteorológicas extremas. O que incluiu ventos fortes, chuvas fortes e temperaturas extremas, bem como organização e operação não profissionais.
A administração do esporte da China disse, na semana passada, que estava suspendendo todos os eventos esportivos de alto risco que carecem de um órgão de supervisão, regras estabelecidas e padrões de segurança claros.
As atividades interrompidas incluem esportes em trilhas no deserto e na montanha, voo de wingsuit e corrida de longa distância.