A China expressou sua oposição à decisão da OTAN de abrir um escritório de ligação no Japão, de acordo com a declaração da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24). A reação da China ocorre logo após o Japão ter anunciado seu reconhecimento ao plano da organização militar.
Mao Ning ressaltou que a região da Ásia-Pacífico não é favorável à ideia de confrontações em grupo, bem como a confrontações militares. A China manifestou sua preocupação com a abertura do escritório da OTAN no Japão, enfatizando a importância de evitar qualquer tipo de escalada militar na região.
Além disso, a porta-voz chinesa pediu que o Japão seja “extra cauteloso” em relação à segurança militar, levando em consideração sua “história de agressão”. Essa observação sugere que a China está preocupada com a possível intensificação da presença militar estrangeira na região, especialmente vinda de países com histórico militar controverso.
Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, declarou que o Japão não tem planos de se tornar membro da OTAN, mesmo com a proposta de abrir um escritório em Tóquio, que seria o primeiro na Ásia e permitiria facilitar consultas na região. A decisão do Japão de reconhecer o plano da OTAN, porém, tem gerado tensões e levantado questões sobre as relações diplomáticas na região da Ásia-Pacífico.
A abertura de um escritório da OTAN no Japão seria um marco significativo, uma vez que a organização militar liderada pelos Estados Unidos buscaria fortalecer sua presença na região da Ásia-Pacífico. A China, como uma potência regional, manifestou sua clara oposição a essa iniciativa, enfatizando a necessidade de evitar confrontos militares e promover a estabilidade na região.