China se opõe à abertura de escritório da OTAN no Japão

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirma que a região da Ásia-Pacífico não recebe com agrado a iniciativa da OTAN, ressaltando a importância de evitar confrontos militares.
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Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e o Primeiro-Ministro japonês, Fumio Kishida em reunião em janeiro de 2023. | Foto: Site oficial OTAN

A China expressou sua oposição à decisão da OTAN de abrir um escritório de ligação no Japão, de acordo com a declaração da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24). A reação da China ocorre logo após o Japão ter anunciado seu reconhecimento ao plano da organização militar.

Mao Ning ressaltou que a região da Ásia-Pacífico não é favorável à ideia de confrontações em grupo, bem como a confrontações militares. A China manifestou sua preocupação com a abertura do escritório da OTAN no Japão, enfatizando a importância de evitar qualquer tipo de escalada militar na região.

Além disso, a porta-voz chinesa pediu que o Japão seja “extra cauteloso” em relação à segurança militar, levando em consideração sua “história de agressão”. Essa observação sugere que a China está preocupada com a possível intensificação da presença militar estrangeira na região, especialmente vinda de países com histórico militar controverso.

Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, declarou que o Japão não tem planos de se tornar membro da OTAN, mesmo com a proposta de abrir um escritório em Tóquio, que seria o primeiro na Ásia e permitiria facilitar consultas na região. A decisão do Japão de reconhecer o plano da OTAN, porém, tem gerado tensões e levantado questões sobre as relações diplomáticas na região da Ásia-Pacífico.

A abertura de um escritório da OTAN no Japão seria um marco significativo, uma vez que a organização militar liderada pelos Estados Unidos buscaria fortalecer sua presença na região da Ásia-Pacífico. A China, como uma potência regional, manifestou sua clara oposição a essa iniciativa, enfatizando a necessidade de evitar confrontos militares e promover a estabilidade na região.

 

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