Possível patrocínio da “Visit Saudi”, entidade responsável pelo turismo da Arábia Saudita, para Copa do Mundo de Futebol Feminino gerou polêmica por conta do histórico de repressão aos direitos das mulheres no país.
A Arabia Saudita, país com histórico de repressão aos direitos das mulheres, e onde as mulheres só foram autorizadas a praticar o esporte em 2020, pode ser uma das patrocinadoras do torneio mais importante da modalidade.
O patrocínio se daria através da “Visit Saudi”, entidade responsável pelo turismo no país asiático.
A proximidade dos sauditas com a FIFA, gera preocupação e críticas por conta dos diversas violações dos direitos humanos, cometidos pelo governo do país.
A possibilidade de exibir a propaganda da entidade, incomodou as Federações de Futebol de Austrália e Nova Zelândia, países que serão sedes da competição.
A FA (Federação Australiana) afirmou em comunicado que estão “muito decepcionados por não terem sido consultados pela FIFA antes de alguma decisão sobre o assunto ser tomada” já a NZF, (Federação Neozelandesa de Futebol) declarou que se sentem “comovidos e decepcionados por não terem sido consultados”.
A Arabia Saudita enfrenta acusações de “sportwashing”, termo utilizado para o uso do esporte para “limpar” a imagem. Com as atenções voltadas aos campos, quadras e pistas, os governantes do país, veem a repercussão das atividades esportivas desviarem o foco dos abusos cometidos em seu território.
Um dos mais recentes e polêmicos exemplos, foi o investimento no fundo que comprou o Newcastle United FC, tradicional time inglês e que já gera retornos esportivos. Os “Magpies”, deixaram de brigar contra o rebaixamento para brigar na parte de cima da tabela na Premier League.
Com a contratação de grandes estrelas como o brasileiro Bruno Guimarães, pagando altas quantias vindas da família real Saudita, a equipe do nordeste da Inglaterra, chegou após 47 anos a final da Copa da Liga Inglesa, por exemplo.
Ter um clube na liga nacional mais importante do mundo, patrocinar eventos como a Copa do Mundo e receber corridas de F1, são alguns dos métodos usados para chamar atenção só para a parte esportiva do país.
O patrocínio da “Visit Saudi”, proveniente de um lugar onde as mulheres são constantemente perseguidas e cerceadas é a primeira mancha da competição e mais uma polêmica para FIFA, entidade que já permitiu que a Copa do Mundo masculina, fosse sediada no Catar, país igualmente problemático.
A Seleção Saudita de futebol feminino, não estará na disputa do Mundial.
Com menos de 3 anos de existência, as sauditas vão concentrar suas atenções nas eliminatórias asiáticas para buscar uma vaga no torneio de 2027.
A Copa do Mundo terá inicio em 20 de julho. Pela primeira vez com 32 seleções, a missão será desbancar a atual campeã, Estados Unidos.
Aqui no AON, teremos a cobertura completa de todos os países asiáticos que estarão na competição.
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