Um deslizamento de terra 20 quilômetros a oeste de Nanda Devi, o segundo pico mais alto da Índia, resultou em uma enchente no dia 7 de fevereiro que deixou mais de 200 mortos e varreu dois projetos hidrelétricos estaduais, segundo a agência de notícias Reuters.
Avalanches e inundações repentinas no Himalaia são comuns durante o verão e os meses das monções, quando a neve derretida e as chuvas fortes se combinam. Porém, incidentes como esse são raros no início do ano, alarmando os cientistas que estudam a mudança climática que está aquecendo rapidamente as montanhas mais altas do mundo.
Os cientistas ainda estão estudando os detalhes do que aconteceu exatamente, mas disseram que uma forte nevasca seguida de um sol forte levou ao derretimento da neve na área.
Isso poderia ter desencadeado uma reação em cadeia que levou a uma avalanche e um grande fluxo de gelo, água, rochas e detritos descendo o vale do rio Dhauliganga e destruindo aldeias. Enquanto pelo menos 70 corpos foram recuperados, o governo do estado declarou formalmente que outras 136 pessoas que estão desaparecidas são consideradas mortas.
Dave Petley, professor de geografia da Universidade de Sheffield, disse à Reuters que houve uma redução na quantidade de neve, o que poderia ter ajudado a desencadear o deslizamento, mas não o suficiente para causar enchentes rio abaixo.
O desastre gerou pedidos de grupos ambientais para uma revisão dos projetos de energia nas montanhas ecologicamente sensíveis. Especialistas dizem que a construção desenfreada está aumentando o fardo que pesa sobre as comunidades rurais do Himalaia, especialmente em áreas próximas às geleiras.
Saiba mais com o gráfico do Reuters (em inglês) – Desastre no Himalaia, aqui
Fonte: Reuters / Foto: Reuters