Foto: Reprodução/ Aventurasnahistoria.uol
A prática foi banida há menos de 100 anos e ainda deixa seus rastros
Pé de lótus era uma prática comum na China Imperial, parecia mais uma punição, porém fazia parte do padrão de beleza da época. Pode parecer loucura, mas para sinalizar que você vinha de uma família boa ou então não precisava fazer muitas coisas, não precisava andar.
Imagine que você é uma mulher chinesa e para mostrar seu status (que era de família rica e não precisava trabalhar com os pés) você teria que mantê-los amarrados, tão amarrados que chega a uma deformidade dolorosa. Pois é, não parece loucura?
Como era feito esse procedimento
A prática teve seu início através das dançarinas de classes inferiores. No entanto, os procedimentos começavam a partir dos 3 anos, se usava bandagens para quebrar o pé e os ossos dos dedos. Tudo isso tinha um ritual a ser feito: mergulhar os pés em água morna com ervas, cortar as unhas para evitar infecções, enfaixar com bandagens brancas, pressionar os dedos em direção a sola e amarrar bem apertado.
Lembrando que esse tipo de padrão se chama Pés de Lótus, pois o formato final do pé ficava parecido com o botão da flor de Lótus.
Esse tipo de símbolo de beleza e status, trouxe para as garotas muitos problemas de saúde, além da deformidade nos pés, dificuldade para andar, dançar, correr e fazer tarefas do dia-a-dia, quedas frequentes, deformação nos quadris, coluna e também no fêmur.
Finalmente o fim da prática
A história conta que o imperador KangXi tentou proibir costume, mas apenas no início do século XX, no ano de 1911, foi que se deu a abolição definitiva.
Entretanto, as mulheres que já possuíam os pés deformados, não conseguiram voltar a normalidade, já que as lesões do procedimento eram severas e irreversíveis. As mulheres jovens daquela época, agora são idosas que precisam de ajuda o tempo todo.
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