Em 10 de maio, um tribunal da Tailândia proferiu uma sentença chocante contra um casal responsável por um golpe financeiro que afetou várias pessoas. Wantanee Tippaveth e Methi Chinpha foram condenados a mais de 12 mil anos de prisão cada um, após serem considerados culpados por fraudar milhões de dólares em um esquema Ponzi, um tipo de fraude financeira em que os investidores são atraídos por promessas de retornos financeiros elevados e rápidos.
O caso ganhou destaque na mídia por causa da magnitude do golpe e do número de vítimas envolvidas. O tribunal, no entanto, reduziu as penas para pouco mais de 5 mil anos de prisão devido à confissão dos réus. De acordo com a legislação tailandesa, eles cumprirão no máximo 20 anos de detenção.
Durante o julgamento, foi revelado que o casal, juntamente com outros sete indivíduos, utilizou a plataforma do Facebook para atrair investidores. Entre março e outubro de 2019, eles promoviam um esquema de poupança com a promessa de retornos exorbitantes, chegando a alegar 93% de lucro.
Para convencer as pessoas, Wantanee publicava regularmente vídeos exibindo supostas joias de ouro em uma joalheria de sua propriedade. Entretanto, descobriu-se que tudo era falso, tratando-se apenas de um balcão improvisado em uma sala. As publicações nas redes sociais retratando um estilo de vida luxuoso também contribuíram para atrair as vítimas.
Mais de 2.500 pessoas se envolveram no esquema, investindo um total de 1,3 bilhão de baht (equivalente a cerca de R$195 milhões). No entanto, os promotores do caso afirmaram que o dinheiro investido não foi utilizado como prometido, sendo dividido entre os acusados. Muitas vítimas perderam todas as suas economias e até mesmo suas casas, levando algumas a tentarem o suicídio.
Apesar de todos os nove réus terem sido inicialmente acusados de múltiplas fraudes, apenas Wantanee e Methi foram considerados culpados, devido à falta de provas contra os demais. O resultado do julgamento representa um passo importante para buscar justiça para as vítimas e combater a criminalidade financeira no país.