Em Taiwan, a taxa de mortalidade vem ultrapassando a taxa de natalidade. No primeiro trimestre deste ano, as mortes ultrapassaram os nascimentos em 47.626 a 34.917.
Dessa forma, a China vem crescendo em um ritmo lento, onde a população está ficando cada vez mais perto da aposentadoria. Porém, não há população jovem o suficiente para suprir a demanda da taxa de natalidade, especialmente em Taiwan. Assim, essa é uma questão que está se tornando uma grande preocupação para o país.
Segundo o diretor Lin Ming-ju, da escola “Laosong Elementary School”, na capital Taipei, tem como prova dessa queda a diminuição da quantidade de alunos dentro da escola.
Anteriormente, era considerada a escola mais populosa do mundo, com mais de 11.000 alunos em 1966. Assim, os alunos eram divididos em 158 turmas, cada turma possuía 80 alunos que se revezavam para usar as salas, ir ao banheiro e até sair da escola. Em seu quadro atual, a escola tem 500 alunos, com apenas 20 turmas, cada uma contendo 25 alunos. De acordo com Lin, cerca de 40% vêm de famílias com um único filho.
De acordo com o médico Wu En-tz, um dos principais motivos para a redução na taxa de natalidade é o aumento da autoconsciência das mulheres. Além disso, o custo de vida também encontra-se como motivo.
A industrialização de Taiwan no século passado transformou a ilha em uma potência econômica regional. Nos últimos tempos, os salários pararam à medida que as despesas diárias continuaram a aumentar.
De acordo com Hung Hui-fen, sociólogo da Universidade Soochow de Taipei, os casais mais jovens estão sofrendo com “o tempo e a pobreza econômica”. Ou seja, trabalhando longas horas por salários baixos.
Como maneira de tentar combater esse declínio, as autoridades têm aumentado os incentivos, da promoção de creches à deduções fiscais e tratamentos de fertilidade. Porém, alguns ativistas dizem que a desigualdade de gênero continua sem solução e deve ser combatida.
Acredita-se que, sem uma mudança radical no sistema, Taiwan pode se tornar uma “sociedade super envelhecida” em 2025. A previsão é de que 1 a cada 5 cidadãos tenha mais de 65 anos.
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