No dia 30 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país vai cobrar um imposto de 15% sobre produtos importados da Coreia do Sul. Antes, Trump ameaçava aplicar uma taxa de 25%. O novo valor faz parte de um acordo comercial entre os dois países, que busca reduzir tensões e fortalecer a parceria.
Como parte do acordo, a Coreia do Sul vai investir US$ 350 bilhões em projetos nos Estados Unidos e comprar US$ 100 bilhões em produtos de energia americana, como gás natural, petróleo e carvão. Os investimentos vão para áreas como construção de navios, chips, energia nuclear, baterias e biotecnologia.
O anúncio foi feito depois de uma reunião entre Trump e autoridades sul-coreanas na Casa Branca. O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, que assumiu o cargo em junho, disse que o acordo ajuda a reduzir incertezas e deixa o país mais competitivo em relação a parceiros como Japão e União Europeia.
Mesmo com o novo imposto, a Coreia do Sul conseguiu manter proteções para produtos importantes, como arroz e carne bovina. Especialistas afirmaram que o acordo foi equilibrado, mas muitos detalhes sobre os investimentos ainda não foram explicados.
Dos US$ 350 bilhões prometidos, US$ 150 bilhões serão usados em projetos de construção naval. Os outros US$ 200 bilhões vão para áreas como chips e biotecnologia. Parte do dinheiro virá de investimentos que empresas coreanas já tinham planejado. O secretário de Comércio dos EUA disse que 90% dos lucros do fundo vão beneficiar o povo americano.
Além disso, o imposto sobre carros da Coreia do Sul também será de 15%, o mesmo aplicado a veículos do Japão e da União Europeia. Produtos como aço, alumínio e cobre não foram incluídos no acordo. Já os chips e medicamentos coreanos continuarão sendo tratados como os de outros países.
O acordo foi fechado em um momento de crise política na Coreia do Sul, após o impeachment do ex-presidente Yoon Suk Yeol em abril. A pressão sobre o governo coreano aumentou depois que o Japão fechou seu próprio acordo com os EUA.
Mesmo com os desafios, empresas sul-coreanas comemoraram o resultado. A Samsung assinou um contrato de US$ 16,5 bilhões com a Tesla para fornecer chips. A LG Energy Solution fechou um acordo de US$ 4,3 bilhões com a mesma empresa para fornecer baterias de energia.
Agora, o próximo passo é acompanhar como os investimentos prometidos serão aplicados e se o acordo trará benefícios reais para os dois países.
Fonte: (1) | Foto de capa: Getty Images
Dani Almeida é jornalista (MTB 0095360/SP) e estudou Ciências Sociais na UNIFESP. Atua como editora no Portal Asia ON e na Tune Wav, é colunista no Portal IT Life e redatora.
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