Ciclone se aproxima do oeste da Índia e do Paquistão, resultando em mortes e evacuações

Um salva-vidas patrulha a praia de Juhu durante um alerta de bandeira vermelha devido ao mar agitado causado pelo ciclone Biparjoy, em Mumbai, Índia, em 12 de junho de 2023. Foto: Francis Mascarenhas / REUTERS

Em 13 de junho, a região do oeste da Índia e do Paquistão enfrenta a iminência da chegada de um poderoso ciclone, que já causou a morte de sete pessoas e levou à evacuação de moradores de áreas costeiras. As autoridades estão em alerta máximo diante da classificação do fenômeno como uma tempestade ciclônica muito severa.

Na cidade de Mumbai, importante centro financeiro do oeste indiano, quatro meninos perderam a vida após se afogarem nas águas revoltas na praia de Juhu. As equipes de resgate continuam as buscas por dois corpos que ainda não foram encontrados.

A previsão é de que o ciclone, nomeado como Biparjoy, atinja a região entre Mandvi, na província de Gujarat, Índia, e Karachi, no sul do Paquistão, na noite de quinta-feira. Os meteorologistas alertam para a possibilidade de ventos sustentados de 125 a 135 km/h, com rajadas de até 150 km/h.

As condições climáticas adversas já se fazem sentir, com ondas altas no Mar Arábico, fortes chuvas e ventos intensos atingindo as áreas costeiras de Gujarat. Esses eventos resultaram na queda de árvores e no desabamento de um muro, levando à morte de três pessoas nos distritos de Kutch e Rajkot.

Diante da gravidade da situação, o governo estadual de Gujarat emitiu alertas para oito distritos costeiros que provavelmente serão afetados pelo ciclone. Medidas de precaução foram tomadas, incluindo a suspensão das atividades de pesca até sexta-feira e a declaração de feriado nas escolas.

Além disso, a maioria dos portos da região precisou interromper suas operações. Kandla e Mundra, dois dos principais portos da Índia, suspenderam suas atividades, afetando o fluxo de comércio e a movimentação de mercadorias. Outros portos, como Bedi, Navlakhi, Porbandar, Okha, Pipavav e Bhavnagar, também foram fechados devido à aproximação do ciclone.

Empresas de grande porte, como a Reliance Industries, que opera o maior complexo de refino do mundo em Jamnagar, Gujarat, declararam força maior, suspendendo temporariamente as exportações de diesel e outros produtos petrolíferos pelo porto de Sikka.

Evacuados do porto de Kandla aguardam do lado de fora de uma escola convertida em abrigo, antes da chegada do ciclone Biparjoy, em Gandhidham, Gujarat, Índia, em 13 de junho de 2023. Foto: Francis Mascarenhas / REUTERS

Enquanto isso, no Paquistão, as autoridades também estão mobilizadas para proteger a população. Tropas paramilitares e autoridades civis locais estão conduzindo a evacuação de pessoas para abrigos e campos de socorro, instalados em escolas e prédios governamentais. As medidas visam garantir a segurança e o bem-estar dos moradores que vivem nas áreas de risco.

A evacuação em massa está em andamento, com mais de 100.000 pessoas previstas para serem retiradas até quarta-feira, de acordo com o presidente da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres do Paquistão.

Enquanto a região se prepara para enfrentar o ciclone Biparjoy, a situação continua a evoluir e demanda atenção contínua das autoridades e dos residentes. Ações de resposta e preparação estão em curso, visando minimizar os danos causados por esse fenômeno climático de grande impacto.

É fundamental que as pessoas sigam as instruções das autoridades, busquem abrigo seguro e estejam atentas às atualizações e alertas oficiais.

Fonte: (1)

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