Nesta terça-feira, 27 de junho, a Coreia do Norte emitiu críticas contundentes ao plano dos Estados Unidos de retornar à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a agência cultural da ONU, acusando-o de ser uma estratégia sinistra para promover a hegemonia norte-americana. O país asiático vê essa movimentação como uma tentativa de utilizar a organização internacional para promover seus interesses dominantes.
A UNESCO, com sede em Paris, anunciou recentemente que os Estados Unidos pretendem se reintegrar à organização em julho, destacando que essa decisão é um “ato de confiança na UNESCO e no multilateralismo”.
Espera-se que a maioria dos 193 países membros da UNESCO aprove essa medida. Segundo informações do Wall Street Journal, parte do motivo por trás dessa decisão é contrabalançar a crescente influência da China na agência, já que o país asiático se tornou um dos principais doadores.
A missão permanente da Coreia do Norte na UNESCO divulgou um comunicado enfatizando a intenção sinistra dos Estados Unidos em acelerar seu retorno à organização. O país norte-americano possui um histórico negativo de retiradas não apenas da UNESCO, mas também da OMS, do Conselho de Direitos Humanos da ONU e de outras organizações internacionais.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu a decisão de seu antecessor, Donald Trump, de retirar o país da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No comunicado divulgado pela agência de notícias KCNA, da Coreia do Norte, enfatizou-se que os Estados Unidos pretendem utilizar a organização internacional como um palco para o confronto entre grupos e uma oportunidade para promover sua estratégia de hegemonia, em vez de buscar cooperação e promoção internacionais.
Os Estados Unidos ingressaram na UNESCO em 1945, quando a organização foi fundada, mas se retiraram em 1984 em protesto contra supostas más gestões financeiras e um viés percebido como anti-americano. Posteriormente, retornaram à UNESCO em 2003. No entanto, durante o governo de Trump, o país se retirou novamente em 2018, citando um viés contra Israel e problemas de gestão.
Enquanto isso, a Coreia do Norte é membro da UNESCO desde 1974 e expressa insatisfação com a decisão dos Estados Unidos de retornar à organização, alegando que essa movimentação visa promover uma hegemonia global em detrimento da cooperação internacional.
A nota completa da Coreia do Norte pode ser lida AQUI, em Inglês.