Logo após as invasões de drones da Coreia do Norte em território sul-coreano, o presidente da Coreia do sul, Yoon Suk-yeol relatou que cogitaria suspender o pacto militar inter-coreano de 2018, caso o evento se repetisse.
De acordo com o secretario de imprensa do presidente, Kim Eun-hye, após a informação sobre as contramedidas aos drones, Yoon realizou um breve comentário solicitando a construção de uma “capacidade de resposta esmagadora que vai além dos níveis proporcionais”.
Além disso, durante um briefing, Kim disse:
“Durante a reunião, ele instruiu o escritório de segurança nacional a considerar a suspensão da validade do acordo militar se a Coreia do Norte realizar outra provocação invadindo nosso território”
Kim confirmou que Yoon ordenou que o ministro da Defesa lançasse uma unidade extensa de drones com funções de realizar diversas missões, de vigilância, reconhecimento e guerra eletrônica. Ainda determinou um sistema para produzir em massa pequenos drones difíceis de detectar dentro de um ano.
Dessa forma, com o objetivo de aumentar sua capacidade anti-drone, o ministério revelou planos recentemente de gastar 560 bilhões de Won (US$ 440 milhões) nos próximos cinco anos em tecnologia como armas a laser aerotransportadas e bloqueadores de sinal.
Segundo o ministério da defesa, o objetivo é lançar outra unidade com foco em funções de vigilância e reconhecimento, especialmente visando drones menores.
O ministro de defesa, Lee Jong-Sup, disse ao parlamento:
“A próxima unidade realizaria tarefas totalmente diferentes, conduzindo operações em várias áreas”.
A relação entre as duas Coreias têm sido complicada há décadas. Manter o pacto militar ficou ainda mais difícil após Yoon assumir o cargo em maio, prometendo uma linha mais dura contra Pyongyang.
Anteriormente, durante a campanha eleitoral do ano passado, Yoon confirmou que Pyongyang não respeitou o acordo. A capital norte-coreana lançou diversos mísseis e alertou que poderia descartá-lo. O presidente sul-coreano já confirmou que o futuro do acordo vai depender das atitudes dos nortes coreanos.
O pacto militar entre as duas Coreias ocorreu em 2018, quando o presidente norte-coreano Kim Jong Un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in selaram o acordo pedindo o fim de todos os atos violentos.
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