O consumo de energia aumentou na China, nas províncias ao norte do rio Yangtze devido ao calor fora do comum, com regiões como Henan, a terceira província mais populosa do país, sendo testadas para atender a demanda recorde de eletricidade.
A carga máxima de demanda de energia em Henan, que tem uma população de quase 100 milhões de pessoas, estabeleceu um novo recorde de 65,34 milhões de quilowatts no domingo, informou a televisão estatal nesta segunda-feira (20).
Embora a rede da província tenha sido capaz de lidar com a forte demanda, espera-se que o fornecimento de eletricidade em Henan seja relativamente difícil neste verão, de acordo com o relatório, com a carga máxima aumentando para quase 75 milhões de quilowatts.
À medida que as temperaturas sobem, a demanda por energia aumenta porque as residências e empresas aumentam o ar condicionado, atingindo o pico normalmente no final de julho e início de agosto na China.
As temperaturas na capital de Henan, Zhengzhou atingiram 40 graus Celsius nos últimos dias. Em contraste com as chuvas mais fortes em 60 anos no sul da China, Henan e as proximidades de Shandong e partes de Hebei lutaram contra ondas de calor e condições semelhantes à seca neste mês.
As altas temperaturas persistiram até terça-feira (21), com Henan, Hebei e Shandong ainda sendo as principais áreas do clima quente, disse a administração meteorológica da China.
“Para esta região, é raro ver tamanha persistência e intensidade em altas temperaturas nesta época de junho”, disse.
Autoridades agrícolas preocupadas com as colheitas em Henan, uma importante região de cultivo com terras aráveis do tamanho do Sri Lanka, visitaram a província no domingo para verificar o abastecimento local de água.
As temperaturas da superfície terrestre em 92 estações meteorológicas em Henan ultrapassaram 60 graus Celsius este mês, com uma registrando 74,1 graus, informou a mídia local.
Em Jiangsu, a carga máxima de demanda de energia na quarta província mais populosa da China ultrapassou 100 milhões de quilowatts em 17 de junho pela primeira vez neste verão, 19 dias antes do que em 2021.
Períodos prolongados de altas temperaturas podem forçar a China a limitar, escalonar ou racionar o consumo de energia dos usuários industriais durante os períodos de pico.
