Nepalês de 53 anos quebra recorde ao escalar o Everest pela 28ª vez

Kami Rita Sherpa alcança o cume em uma semana, enquanto a temporada de escaladas registra 11 mortes
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Sr. Kami Rita Sherpa, 53 anos, atingiu o cume de 8.849 metros pela rota tradicional da crista sudeste. | FOTO: AFP

Kami Rita Sherpa, renomado alpinista nepalês, alcançou o topo do Monte Everest pela impressionante 28ª vez nesta terça-feira (23), estabelecendo um novo recorde. Em uma conquista notável, ele completou sua segunda escalada em apenas uma semana, enquanto a temporada de escaladas testemunha um triste aumento no número de mortes, chegando a 11.

Com seus 53 anos de idade, Kami Rita Sherpa percorreu a árdua jornada até o cume de 8.849 metros seguindo a tradicional rota sudeste da crista, conforme confirmado por Bigyan Koirala, um funcionário do turismo nepalês. Essa conquista ocorreu logo após sua 27ª escalada, realizada na semana anterior.

A rota sudeste do monte, trilhada pela primeira vez pelos lendários alpinistas Edmund Hillary, da Nova Zelândia, e Tenzing Norgay Sherpa em 1953, permanece como a via mais popular para alcançar o cume da montanha mais alta do mundo.

Kami Rita Sherpa iniciou sua jornada no Everest em 1994 e, desde então, repetiu esse feito quase todos os anos, exceto durante três ocasiões em que a montanha foi fechada pelas autoridades por diversos motivos.

Outro sherpa (nome do grupo étnico local), cujo nome não foi mencionado no relatório, também atingiu o cume do Everest pela 27ª vez nesta semana, ocupando o segundo lugar em número de ascensões, logo atrás de Kami Rita Sherpa.

Na semana passada, o alpinista britânico Kenton Cool também fez história ao realizar sua 17ª escalada ao Everest, estabelecendo um novo recorde entre os estrangeiros.

No entanto, os perigos inerentes à montanha foram enfatizados com mais duas fatalidades no Everest durante o último fim de semana, elevando o triste total de óbitos para 11 desde abril.

Uma das vítimas que perderam a vida na segunda-feira (22) era um sherpa nepalês envolvido na missão de limpeza da montanha, conforme relatado pelas Forças Armadas nepalesas. Equipamentos e outros objetos deixados por expedições de escalada podem poluir a montanha por décadas.

Na sexta-feira (19), um engenheiro australiano faleceu durante a descida do cume na área conhecida como “zona da morte”, acima dos 7.925 metros, famosa pelo ar rarefeito que pode desencadear doenças súbitas em grandes altitudes.

Jason Bernard Kennison, de 40 anos, faleceu na região conhecida como Balcony, situada entre o cume e o acampamento final, relatou Ang Tshering Sherpa, representante da empresa Asian Trekking Co.

“Apesar de estar acompanhado por sherpas, ele desmaiou ao chegar à área do Balcony”, acrescentou Ang Tshering Sherpa, sem fornecer mais detalhes sobre o incidente trágico.

O número de 11 mortes inclui três sherpas que perderam a vida em abril, devido a uma queda de seracs, que são são formações de gelo instáveis e perigosas encontradas em geleiras e montanhas, nas partes inferiores do monte, além de outros alpinistas que faleceram devido a doenças, fraquezas e diversas causas, conforme informações das autoridades.

Desde sexta-feira, dois alpinistas, Shrinivas Sainis Dattatraya de Singapura e Muhammad Hawari Hashim da Malásia, estão desaparecidos, aguardando resgate nas perigosas encostas do Monte Everest.

 

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